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Luciano Correa foi um dos maiores beneficiados pelo estilo de arbitragem no Pan

Luciano Correa foi um dos maiores beneficiados pelo estilo de arbitragem no Pan

28/10/2011 - 07h00

Árbitros definem 50% das lutas do judô no Pan e atletas protestam contra interferência

Bruno Doro
Em Guadalajara (México)

A arbitragem está definindo a competição de judô do Pan-Americano de Guadalajara. Após dois dias de competições, 47 das 95 lutas disputadas até agora foram definidas com interferência direta dos juízes, através de punições (shidos). A informação não foi divulgada oficialmente, mas o UOL Esporte apurou que a instrução dos juízes é evitar que os combates sejam definidos no Golden Score.

INTERFERÊNCIA DA ARBITRAGEM NO PAN

Nº de lutas definidas por punições * - 47
Nº de lutas definidas no Golden Score – 7
Nº total de lutas do Pan, em 2 dias – 95

* Soma inclui combater definidos por dois, três ou quatro shidos ou a junção de shidos e golpes.

Com isso, casos como o do brasileiro Rafael Silva são comuns. O peso pesado brasileiro conquistou a medalha de prata, mas não aplicou nenhum golpe e também não sofreu nenhum. O meio pesado Luciano Correa foi um dos maiores beneficiados pelo estilo de arbitragem que está sendo usado no Pan: com a final contra Oreydis Despaigne empatada, ele venceu no Golden Score, após um shido para o cubano.

“Eles estão com algumas marcações estranhas mesmo. Na minha primeira luta, marcaram um que não entendi. Então, quando os juízes pararam a luta no Golden Score, fique preocupado, porque poderia ir para qualquer um”, diz Luciano.

Mayra Aguiar estava do lado inverso da marcação. Contra a norte-americana Kayla Harrison, ela perdeu após levar duas punições. “Está todo mundo reclamando. Acaba ganhando quem é mais malandro, quem sabe lidar mais com isso. Não acho legal. Tinha que deixar rolar a luta para ver quem está melhor, quem solta mais golpes, quem está mais forte”, analisa a gaúcha.

Até mesmo Kayla, ouro na categoria até 78 kg, concorda: “É ruim os juízes estarem definindo tantos combates. Espero que reavaliem isso e deixem que os atletas lutem mais um pouco. Vamos ver o que acontece. Seria muito melhor para quem esta assistindo”, completa a norte-americana.

O canadense Antoine Valois tem uma teoria diferente, mas também reclamou. “Acho que é uma maneira de tornar as lutas o mais ofensivas. Isso não é exatamente ruim. Mas é difícil lidar com tantas punições quando não se está acostumado a lutar assim”, disse o medalhista de bronze nos 81 kg.

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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