Veterana, Costa Rica ainda busca sucesso no Pan
País ‘veterano’ nos Jogos Pan-Americanos (participou de 13 das 14 edições), a Costa Rica busca ter uma participação mais significativa na competição, pois em apenas seis edições conquistou medalhas. No quadro geral de medalhas da história do Pan, o desempenho do país também é modesto: 19º lugar com 10 conquistas (quatro de ouro, seis de prata e 10 de bronze).
Porém, para mudar este panorama, o país apresenta poucas ‘cartas na manga’. Duas delas são os marchistas Allan Segura e Bernardo Calvo que em março, na Guatemala, correram cinco minutos abaixo da marca estipulada pelo seu país para os 20 km (1h28min).
Com este feito, eles obtiveram com facilidade a classificação para os Jogos Pan-Americanos. Os dois já declararam a jornais da Costa Rica que irão ao Rio para lutar por medalhas.
Em Olimpíadas, o desempenho do país também é modesto: conquistou apenas quatro medalhas em 17 participações. Destaque para a nadadora Cláudia Poll, que conquistou um ouro (o único da história do país) e dois bronzes, que significam 75% do total de medalhas conquistadas pela Costa Rica. A irmã mais velha de Cláudia, Silvia, já havia conquistado uma medalha olímpica: prata em Seul-88 nos 200 m livre.
Melhor sorte a Costa Rica teve no futebol. O país disputou três vezes a Copa do Mundo, chegando às oitavas-de-final em 1990. Na época, a seleção tinha na zaga um jogador brasileiro, Alexandre Guimarães, que foi o técnico do país nos Mundiais de 2002 e 2006.
Colônia espanhola por dois séculos e meio, a Costa Rica tornou-se independente da Espanha em 1821, integrando-se dois anos mais tarde às Províncias Unidas da América Central, entidade que foi dissolvida em 1838, quando a Costa Rica se tornou de vez um país independente.
Diferentemente da maioria dos países da América Central, a capital da Costa Rica não é uma cidade praiana. San José está localizada nas montanhas. Mesmo assim, o país tem um grande potencial turístico. A agricultura e a exportação de produtos eletrônicos também trazem boas divisas para a região.
Dependente do vizinho rico ao norte (42% das exportações vão para os Estados Unidos), a Costa Rica chama atenção pelo bom posicionamento no ranking de desenvolvimento humano (IDH) – ocupa o 48º lugar. Ao contrário das outros países da América Central, tem se mantido uma democracia e é o único país latino-americano a não ter Exército (a polícia cuida do controle das fronteiras). Por usarem muitos diminutivos em seu linguajar, os costarriquenhos são apelidados de "ticos".