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Pedra que seria cocô de dinossauro é exibida em museu de bizarrices em Guadalajara

Pedra que seria cocô de dinossauro é exibida em museu de bizarrices em Guadalajara

21/10/2011 - 12h00

Museu na sede do Pan bate recorde de bizarrice com cocô de dinos e vinho de ratos

Gustavo Franceschini
Em Guadalajara (MEX)

Recordes nas piscinas, nas pistas e nos museus. Sim, Guadalajara pode se orgulhar de ter um dos museus mais bizarros do mundo. Inspirado em um conhecido programa de TV, o espaço no centro da cidade-sede dos Jogos Pan-Americanos reúne loucuras que vão desde um pedaço de carvão do Titanic, passando pelo vinho de fetos de ratos, até um cocô de dinossauro.

Acreditar na veracidade das peças expostas não é obrigatório. O show que inspirou a atração é o Believe it or Not (Acredite Se Quiser), que tem outros museus semelhantes espalhados pelo mundo. Em todos, as atrações principais são as bizarrices encontradas pelo pesquisador Robert Ripley em suas andanças pelos cantos do planeta, especialmente os do Oriente.

O turista que estiver no México para conferir os Jogos Pan-Americanos pode começar com esculturas interessantes, como uma Torre Eiffel feita com dois mil palitos de dente, ou uma nave da série Jornada das Estrelas à base de 22 mil unidades do mesmo produto. Um Buda feito de jade e com mais de mil mãos também atrai os olhares curiosos. Em outra sala, uma peça com ossos de camelo exibe 500 vezes a entidade indiana em posições distintas entre si.

A “arte” começa a ficar cada vez mais tosca à medida que se entra mais fundo no museu. O caminho, por si só, já é meio assustador. Uma ponte aparentemente segura se torna muito frágil por conta das imagens holográficas que passam rapidamente no túnel que tem de ser atravessado pelos visitantes. A sensação de vertigem ameaça os turistas com menor preparo digestivo.

Nos setores mais estranhos, destacam-se os restos do cranio de um índio antigo, morto por rivais equatorianos que usaram infusões de ervas para reduzir e manter intacta a pele do guerreiro; um pedaço de esterco de dinossauro (no qual você provavelmente tocará) e um vinho chinês feito com fetos de ratos, que teria efeito de cura. Tudo muito questionável, mas teoricamente real, “ainda que você não acredite”, como dizem todas as placas, repetindo o nome em espanhol do programa “Believe it or Not”.

Figuras humanas também não são perdoadas. Os recordes mundiais de narizes, olhos esbugalhados, gordura, menor tamanho, número de pupilas e de bolas colocadas na boca ao mesmo tempo são apresentados, sempre com esculturas em tamanho real. Em certo momento, o passeio se transforma em uma versão prática e esdrúxula do Guiness, o famoso livro dos recordes.

O museu Ripley mostra, resumindo, que tudo é possível. Até a arte com lixo. Uma das principais atrações, afinal, é uma escultura com lixo deixado por turistas em Guadalajara, que vão desde restos de brinquedos a materiais esportivos, como um capacete de futebol americano. Será que vai ser possível atualizar a peça com os restos do Pan de Guadalajara?

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