Nigeriano Jude Okoh disputa os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara defendendo o México
A participação de asiáticos naturalizados para a disputa de grandes competições no tênis de mesa já é rotina de países latino-americanos há alguns anos, mas a equipe mexicana da modalidade conta com um caso inusitado, o de um nigeriano que passou apuros para chegar a atuar no Pan de Guadalajara.
O nigeriano Jude Okoh vive no México há oito anos e se junta a uma lista razoável de estrangeiros que atuam no tênis de mesa dos Jogos Pan-Americanos. Além dele há pelo menos 13 mesa-tenistas que nasceram fora do continente americano, mas todos são de China, Japão ou Taiwan.
“Não tem sido nada fácil. Jogarei o Pan-Americano graças a Deus, porque cheguei de um país que não fala o idioma espanhol, tive que me adaptar primeiro sobrevivendo como treinador e depois como jogador”, explica Okoh ao site mexicano La Afición.
Jude Okoh precisou superar ainda a resistência que existe no México para atletas nascidos em outros países poderem competir em grandes eventos e revela que recebeu uma sugestão de casamento de um dirigente mexicano para ser aceito.
“É melhor se casar com uma mexicana, para que tenha a nacionalidade e já possa jogar”, pediu o dirigente ao nigeriano, que descartou seguir o conselho e conseguiu representar o México nos Jogos Centroamericanos e do Caribe no ano passado.
Além do México, outros países que contam com atletas de outros países em sua equipe do Pan-Americano são Argentina, Canadá, El Salvador, Estados Unidos e República Dominicana.
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