Aos 19 anos, Tássia Carcavalli mostrou maturidade em momentos chave pela seleção

Armadora de 19 anos se salva no bronze da seleção feminina de basquete no Pan

O basquete feminino brasileiro segue sem conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Érika e Iziane, após temporadas longas na Europa e na WNBA, estiveram longe do que se espera. A defesa do técnico Ênio Vecchi, que tornou fácil a conquista da vaga em Londres-2012 no Pré-Olímpico de Neiva, também não apareceu.

Uma jogadora, porém, se salvou no torneio feminino de basquete do Pan de Guadalajara: a armadora Tássia Carcavalli. Aos 19 anos, ela disputou sua primeira competição com a seleção brasileira adulta e, nas duas partidas que definiram o torneio, a derrota contra Porto Rico e a vitória sobre a Colômbia, mostrou personalidade e jogou mais do que Babi, a titular da posição.

“A Tássia cresceu muito e se tornou muito importante para a equipe. Era a primeira competição internacional dela e, mesmo com times de níveis diferentes, existia uma pressão grande. Mas ela conseguiu mostrar muita qualidade, conseguiu se sobressair sobre o restante do grupo. A semifinal e o jogo de hoje são provas disso”, elogiou o técnico Ênio Vecchi.

Babi, do outro lado, acabou sofrendo com a competição. Pela primeira vez, ela teve a responsabilidade de ser a armadora principal da equipe. Foi bem durante a fase de grupos, mas fracassou nos dois jogos finais, principalmente contra Porto Rico, em que ficou só nove minutos em quadra.

“A Bárbara também não foi mal. Foi uma experiência importante para ela. Nunca tinha sido a armadora principal da seleção. Ela tem de passar por isso, não tem como evoluir sem testes como esse”, analisou o treinador. “Agora, não adianta ficar procurando desculpas para o que aconteceu”, justificou a atleta, de 25 anos, que foi reserva de Adrianinha durante o Pré-Olímpico de Neiva.

A situação das duas armadoras mostrou que, apesar de ser o time mais rodado do Pan, contar com atletas da NBA e ter a base que conquistou a vaga olímpica, ainda faltou experiência à equipe. “A Babi e a Tássia fizeram um Pan muito bom, mas é claro que faltou um pouco de vivência em alguns momentos. Mas Jogos como esses são exatamente para isso. Elas saem daqui como jogadoras melhores”, elogiou a ala Iziane.