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UOL Pan 2011 A 100 dias da abertura, Jogos Pan-Americanos não importam para mexicanos - 06/07/2011 - UOL Pan 2011
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Gavo, Leo e Hiuchi são os mascotes dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

Gavo, Leo e Hiuchi são os mascotes dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

06/07/2011 - 07h03

A 100 dias da abertura, Jogos Pan-Americanos não importam para mexicanos

Aline Küller e Júlio Delmanto
Em São Paulo

Em 100 dias, os principais atletas do Brasil começam a disputar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Você não sabia? Pois não está sozinho. Até mesmo no México, que vai sediar o evento, encontrar alguém que tenha informações, mesmo que básicas, sobre o Pan é difícil. Para descobrir como anda o interesse pelos Jogos, o UOL Esporte conversou com cinco mexicanos. A pergunta era simples: "Cite um atleta mexicano que pode se destacar no Pan". As respostas mostraram que a competição ainda não anima a vida da população local.

A falta de grandes nomes do esporte mexicano pode ser uma das explicações para a falta de entusiasmo. Porém, até as estrelas internacionais ficaram esquecidas. Exceção feita ao jornalista Alan Salvador Alvarez Ochoa, de 27 anos, que trabalhará na cobertura dos Jogos, nenhum dos ouvidos pela reportagem acertou em cheio ao falar do Pan.

Alejandro Macías sonha com um duelo nas piscinas que dificilmente acontecerá: Cesar Cielo x Michael Phelps. Os norte-americanos não costumam “escalar” suas principais estrelas para o Pan e até a participação do nadador brasileiro pode ficar ameaçada caso a Fina opte por uma punição maior após Cielo ser pego no doping. “Gostaria muito de ver competir o Michael Phelps contra o César Cielo.  São os dois melhores nadadores no mundo”, opina Macías.

A falta de sintonia dos mexicanos com a competição também fica evidente nas divergências sobre a realização do Pan em Guadalajara, principalmente pelos altos custos para sediar eventos desse porte. 

De acordo com relatório divulgado pelo governo de Jalisco, estado a qual pertence a cidade sede do Pan, a competição requer um investimento de US$ 1,34 bilhão, com US$ 947,5 milhões vindos da iniciativa privada. Os cofres públicos desembolsam US$ 296,2 milhões, sendo que a maior fatia da verba vem do governo federal.

Para a mexicana Marcela Salas Cassani, o país passa por um momento difícil para receber o Pan. “Não estou de acordo com a realização dos Jogos no México, porque neste momento o país atravessa um período de violência e muita insegurança”.

Cassani também acredita as prioridades da administração pública deveriam ser outras. “Penso que existe outros assuntos mais urgentes que o governo deveria resolver como a falta de educação, emprego, acesso à saúde, no lugar de estar organizando eventos esportivos. Além disso, os gastos com esse evento beneficiam apenas alguns empresários e não o resto da população mexicana”, opina.

Em contrapartida, Beatriz Elizalde, 26 anos, licenciada em letras hispânicas, defende que o México sedie o evento esportivo. Moradora de Guadalajara, ela acha que o Pan pode elevar o nome da cidade internacionalmente. “Considero que é uma atividade que permitirá posicionar Guadalajara a um nível internacional, dada a cobertura  e a grande variedade de jornalistas que virão para se informar dos resultados esportivos, assim como por aqueles que podem ver os atrativos turísticos da cidade e difundi-los”, diz Elizalde.

O jornalista Alan Salvador Alvarez Ochoa afirma que a realização dos Jogos é benéfica em diversos âmbitos. “Alimenta a prática de esportes, além de deixar instalações para praticá-los. E também serve para promover a imagem positiva da cidade. Atrai recursos para a construção de infraestrutura e gera um importante crescimento econômico”.

Outro ponto que preocupa os mexicanos é o atraso das obras. “Acredito que algumas obras podem não ficar prontas e também não estou segura quanto a organização”, fala Mariana Ampudia Béjar, de 25 anos. Ela também reclama que as construções “atrapalham” o seu cotidiano. “A reforma das ruas, as obras rodoviárias, tudo está sendo feito no último momento".

Com a mesma preocupação, Ochoa afirma que a improvisação deve falar alto nessa reta final. “Os Jogos vão fazer uso da improvisação, irão correr para a politização do evento, o que dificulta a tomada de decisões sobre questões fundamentais como a construção e a localização da Vila Pan-Americana, o desenvolvimento de programas de mobilidade, e assim por diante”, explica.

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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