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Mahau Suguimati ficou com a quinta colocação nos 400 m com barreiras do Pan

Mahau Suguimati ficou com a quinta colocação nos 400 m com barreiras do Pan

28/10/2011 - 10h02

Há 19 anos no Japão, brasileiro escapa de limpar ônibus e descarta volta à 'bagunça brasileira'

Alexandre Sinato
Em Guadalajara (México)

Completar uma frase em português é difícil para ele. O nome também tem pouca referência ao Brasil. Nada disso é coincidência. Mahau Suguimati é brasileiro, defende a nação verde-amarela no Pan de Guadalajara, mas suas raízes estão no Japão. E há 19 anos morando do outro lado do mundo, ele não tem vontade alguma de voltar para sua terra natal. A bagunça brasileira o assusta.

Brasileiros no décimo terceiro dia do Pan de Guadalajara
Brasileiros no décimo terceiro dia do Pan de Guadalajara

“No Japão é tudo diferente, é muito organizado. O Brasil é o contrário. Digamos que é desorganizado”, resumiu Mahau, buscando palavras para ser o menos indelicado possível com sua análise do Brasil.

Quinto colocado na final dos 400 m com barreiras no Pan, o atleta de 26 anos diz que está muito adaptado à cultura japonesa e por isso não pensa em voltar ao Brasil. Nem mesmo os possíveis castigos que pode receber por faltas disciplinares no Japão o fazem mudar de ideia.

“Não quero voltar para o Brasil, já me acostumei ao Japão. Lá é preciso ter disciplina e obedecer ao chefe. As pessoas não atrasam. E se atrasam, existe um castigo, como limpar ônibus, por exemplo. Mas eu nunca me atrasei, sou disciplinado.”

A diferente rotina do atletismo japonês também o agrada. Mahau recebe salário mensal de uma escola e já pensa muito mais coletiva do que individualmente. Afinal, os benefícios financeiros acontecem de acordo com os resultados gerais. O esforço coletivo é premiado.

“No Japão, não tem um clube onde você tem um técnico específico. Lá você treina por uma escola, recebe um salário e se o técnico não sabe te ensinar uma técnica, ele pede ajuda para outro, não tem problema. Não é como no Brasil, que um técnico não gosta de ouvir outro”, comparou.

Na última quinta, Mahau disputou a final dos 400 m com barreiras e dividiu pista com o dominicano Félix Sanchez, campeão olímpico em 2004 e bronze em Guadalajara. A vitória foi do cubano Omar Cisneros, seguido pelo jamaicano Isa Philips.

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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