Maurren Maggi apelidou de "trigatas" grupo formado por ela, Lucimara e Rosângela
Rosângela Santos ficou dois anos parada após seguidas lesões. Lucimara Silvestre foi suspensa por doping. Maurren Maggi já passou pelos dois problemas e ainda vinha de um mau resultado no Mundial de atletismo. O Pan de Guadalajara, então, representou a volta por cima do trio de musas. O ouro das três atletas foi festejado pela veterana de 35 anos, que tratou de colocar um apelido nas atuais campeãs pan-americanas: “trigatas”.
A velocista Rosângela Santos foi a primeira das três a subir ao pódio. Venceu a final dos 100 m rasos com sua melhor marca pessoal (11s22). E revelou que uma conversa com a campeã olímpica a ajudou a chegar ao topo. Um dia depois, Lucimara Silvestre confirmou o ouro no heptatlo após ficar afastada por doping. “Fiquei dois anos muito triste e mal. Pensei em parar várias vezes. Me afastei até da minha família e me isolei um pouco”, contou a brasileira.
Minutos após a festa de Lucimara, foi a vez de Maurren Maggi comemorar. A campeã olímpica, que já viveu suspensão por doping e problema de lesão, faturou o ouro no salto em distância. Virou tricampeã pan-americana (1999, 2007 e 2011). “As trigatas queriam buscar o ouro. É trigatas porque eu chamo elas de gata para lá, gata para cá. Não sei se os outros acham, mas é algo interno. Ninguém precisa achar a gente gata não”, brincou.
Para conquistar o terceiro título pan-americano, Maurren Maggi também teve que superar um momento ruim recente. A paulista de São Carlos não foi bem no Mundial de Daegu. “Tirei uma semana a mais de férias e coloquei a cabeça no lugar”, contou a saltadora que estabeleceu o Pan de Guadalajara como sua prioridade no ano. “Tenho muito orgulho de vencer essa competição. Vou até Toronto [Pan-2015]. Foi lá no Canadá que comecei e é lá que quero terminar. Vou até onde Deus me der asas”, projetou a veterana de 35 anos.
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