UOL Pan 2011 Brasil perde após abrir mão de Iziane, cestinha do Pan, no fim do jogo - 24/10/2011 - UOL Pan 2011
  • http://pan.uol.com.br/2011/ultimas-noticias/2011/10/24/brasil-perde-apos-abrir-mao-de-iziane-cestinha-do-pan-no-fim-do-jogo.htm
  • Brasil perde após abrir mão de Iziane, cestinha do Pan, no fim do jogo
  • 07/10/2024
  • UOL Esporte - Pan 2011
  • Pan 2011
  • @UOLEsporte #UOL
  • 2
Tamanho da letra
No banco de reservas, Iziane lamenta derrota brasileira no final da semi com Porto Rico

No banco de reservas, Iziane lamenta derrota brasileira no final da semi com Porto Rico

24/10/2011 - 18h34

Brasil perde após abrir mão de Iziane, cestinha do Pan, no fim do jogo

Bruno Doro
Em Guadalajara (México)

A ala Iziane chegou para a semifinal do basquete feminino como a maior cestinha do basquete feminino dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, com média de 17 pontos por partida. Marcou 14 só nos dois primeiros quartos e, mesmo assim, ficou de fora boa parte do segundo tempo e de todo o quarto período da derrota do Brasil para Porto Rico por 69 a 68, nesta segunda-feira. “Foi uma decisão tática”, explicou o técnico Ênio Vecchi após a partida.

"JOGUEI O QUE O TÉCNICO ACHOU QUE EU TINHA DE JOGAR", DIZ IZIANE

  • Daniel Ochoa/AP

    Você não jogou boa parte do segundo tempo e ficou no banco durante todo o quarto período. Achou que jogou pouco?

    Joguei o que o técnico achou que eu tinha de jogar. Fiz o que ele pediu.

    Qual foi o problema contra Porto Rico?

    Porto Rico é uma equipe pequena e não tem pivôs verdadeiras. Elas sabiam disso e infiltraram muito. Acho que 90 % dos ataques foi assim. E é difícil você marcar com jogadoras grandes, como estávamos fazendo.

    O que poderia ter evitado a derrota?

    A defesa poderia ser melhor. Tudo bem que usaram a vantagem delas, a falta de altura e as infiltrações, mas a gente tinha que responder a isso. E no ataque erramos demais. Erramos demais. Bola boba, bola debaixo do aro. E elas vieram aguerridas. Os juízes caíram na onda delas e prejudicaram a gente em vários momentos. Mas acho que tem que jogar como o jogo pede. E nós não jogamos.

“Foi uma decisão do técnico, que eu aceitei”, limitou-se a dizer a ala, que, com seus 14 pontos, ficou atrás de Sílvia, com 16, e Damiris, com 15. O momento em que ela ficou no banco, inclusive, foi aquele em que o Brasil mais teve dificuldades de pontuar. Como exemplo, no último minuto, Sílvia, Érika e Damiris, duas vezes, erraram arremessos ou lances livres que teriam mudado a história do jogo.

O caso foi tratado de forma diferente do que o de 2008, que também envolveu Iziane e o banco de reservas. No Pré-Olímpico Mundial, ela se recusou a entrar em quadra durante uma partida e acabou longe da seleção por quase dois anos. Só voltou após a saída do então treinador, Paulo Bassul.

Ênio Vecchi, desta vez, fez questão de jogar panos quentes na situação. "São decisões por critérios técnicos que a gente toma. E isso está dentro do nosso contexto. Apenas isso. Foi uma decisão técnica", disse o treinador, sem especificar o que causou o não-aproveitamento da ala.

Coincidência ou não, Iziane foi a única das jogadoras que não passou pela área de entrevistas, após a partida chorando. A pivô Damiris, que perdeu os dois arremessos que poderiam dar a vitória ao Brasil, chorava copiosamente. Palmira, Érika e Silvia Gustavo tinham olhos vermelhos e marejados. O resto das jogadoras também mostrava sinais de choro.

A presença da jogadora na equipe para os Jogos Pan-Americanos foi uma das maiores vitórias de Hortência, diretora de basquete feminino. Ala do Atlanta, da WNBA, ela pediu dispensa do Pré-Olímpico da Colômbia, para jogar a final da liga profissional. Com o fim da temporada, aceitou jogar no México.

O mais irônico, porém, foi que a seleção sentiu falta, na maior parte do jogo, de uma jogadora para definir as jogadas. Com 40 % de aproveitamento nos arremessos, ela não estava com a mão quente, mas mesmo com só 13 minutos em quadra, foi a atleta brasileira que mais cestas fez, com seis acertos - Damiris, 15 pontos, também acertou seis arremessos de quadra.

“A bola não quis entrar. Em vários lances quem olha de fora não consegue explicar. O jogo é assim. Às vezes não tem explicação. Não tem como interferir nesse tipo de acontecimento. O técnico pode substituir, pode trocar a marcação. A jogadora capricha e a bola não entrar. A gente não tem muito o que fazer. Esses nossos erros foram o que deu volume para Porto Rico.”, disse Ênio.

Agora, o Brasil enfrenta o perdedor de Colômbia e México, que jogam no fim desta segunda-feira, pela medalha de bronze. A partida está marcada para 20h30 de Brasília.

BRASIL ESQUECE DEFESA E PERDE SEMIFINAL PARA PORTO RICO

O ouro do basquete feminino era um dos mais fáceis do Pan de Guadalajara. O Brasil vinha com duas jogadoras da WNBA, com a base do time que conquistou com facilidade a vaga olímpica e ainda contando com times mais fracos trazidos pelos rivais. Mas a seleção brasileira está fora da final do Pan com após perder por 69 a 68 para Porto Rico. O time de Ênio Vecchi teve problemas para defender e para atacar. Ainda assim, teve duas bolas para vencer o jogo, a cinco segundos do fim, que não entraram.
Brasileiros no décimo dia do Pan de Guadalajara
Brasileiros no décimo dia do Pan de Guadalajara

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

Atletas Brasileiros

  • Veja o perfil dos atletas brasileiros