Felipe Amorim lamenta chance perdida do Brasil contra Cuba no Pan de Guadalajara
21/10/2011 - 21h50
Brasil só empata com Cuba, ouve 'olé' e fica com a classificação em risco no Pan
Maurício Stycer Em Guadalajara (México)
A seleção brasileira empatou com Cuba por 0 a 0 na tarde desta sexta-feira, no estádio Omnilife, em Guadalajara, pela segunda rodada da fase classificatória do futebol nos Jogos Pan-Americanos. O time verde-amarelo, que ouviu vaias e gritos de "olé" para os cubanos vindos da torcida mexicana, perdeu muitas chances de gol e o fim de partida ainda teve confusão, com um expulso de cada equipe.
Com o resultado, o Brasil fica em terceiro lugar no grupo, com apenas dois pontos, atrás de Costa Rica, com três, e Argentina com quatro. A seleção fica com a obrigação de vencer os costa-riquenhos na última rodada da primeira fase para se classificar às semifinais do torneio. Já os cubanos comemoraram como uma vitória, abraçando-se após o apito final e agradecendo o apoio da torcida.
MANO ACOMPANHA A PARTIDA
O técnico da seleção principal, Mano Menezes, foi a Guadalajara para assistir ao segundo jogo do Brasil nos Jogos Pan-Americanos. A seleção sub-20, comandada pelo técnico Ney Franco, joga nesta sexta-feira contra Cuba, pela 2ª rodada do torneio.
A partida foi assistida pelo técnico da seleção principal, Mano Menezes, que não quis comentar nada sobre o que viu.
O Brasil jogou bem, especialmente no primeiro tempo, mas o ataque errou demais. Em pelo menos quatro oportunidades, os atacantes da seleção perderam chances diante do goleiro.
A partir da metade do segundo tempo, o público começou a torcer abertamente por Cuba, gritando o nome da seleção e vaiando o Brasil. Aos 42 minutos, a torcida gritou "olé" depois de uma meia dúzia de passes trocados pelos cubanos. Encerrou-se, pelo visto, a longa relação de amor entre os mexicanos de Guadalajara e a seleção brasileira.
Com apenas um atacante, Cuba se propôs a jogar no contra-ataque. Em pelo menos três ocasiões, a tática foi bem-sucedida, mas a equipe desperdiçou as oportunidades.
Aos 24, Misael recebeu a bola diante do goleiro, mas chutou mal, para fora. Cinco minutos depois, Felipe Anderson chutou de fora da área, a bola desviou num zagueiro, mas o goleiro cubano, Cooper, teve agilidade suficiente para salvar.
As chances desperdiçadas não cessaram. Aos 33, Felipe Amorim ficou diante do goleiro e, sem calma, mandou a bola bem longe do gol. Seis minutos depois, Felipe Anderson recebeu novamente diante do goleiro, tocou para Henrique, mas o atacante, com o gol vazio, mas pressionado por um zagueiro, não conseguiu concluir.
O segundo tempo começou no mesmo ritmo. O Brasil seguiu pressionando, mas sem a mesma criatividade da etapa inicial. Aos 23 minutos, Leandro foi derrubado pelo goleiro cubano dentro da área, mas o árbitro não marcou nada.
A partida acabou com o Brasil pressionando e ainda teve uma confusão, com dois expulsos. O brasileiro Leandro e o cubano Francisco trocaram tapas e o juiz deu cartão vermelho para ambos.
O estádio Omnilife estava com menos da metade de sua capacidade preenchida no momento da partida. Esperava-se um público maior para o último jogo da noite, entre México e Trinidad e Tobago.
Exigente, a torcida presente vaiou os dois times ao final do primeiro tempo e também em lances isolados da partida, em erros e faltas cometidas por jogadores.