Rafael Alarcon, atleta da seleção brasileira de squash em Guadalajara
Com onze seleções em disputa, a competição de squash masculino por equipe no Pan produziu um evento bizarro nesta quarta-feira. Brasil e Argentina deveriam se enfrentar pela última rodada da fase de classificação, mas a vitória de um ou outro não mudaria nada em relação às quartas-de-final. Assim, decidiram apenas entrar em quadra para treinar.
Colômbia e México, cabeças-de-chave 1 e 2, respectivamente, já estão classificados para as semifinais. Um sorteio, a ser realizado ainda nesta quarta-feira, define os adversários de Brasil e Argentina na quartas, contra Estados Unidos e Canadá.
Momentos antes do jogo, Roberto Mori, chefe da equipe brasileira de squash, disse ao UOL Esporte que as equipes iam apenas fingir. “Por que jogar e se arriscar a uma contusão se o jogo não vale nada?”, perguntava Mori. “Ganhar ou perder hoje tanto faz. A decisão do próximo adversário vai ser por sorteio”.
De comum acordo com os argentinos, segundo Mori, os brasileiros entrariam em quadra para fingir a partida. Uma “marmelada” ou um “cai-cai”, para usar termos futebolísticos. Na última hora, porém, as equipes mudaram de ideia, com medo da repercussão que a decisão teria.
O “jogo-treino”, sem ninguém na plateia, apenas membros das duas equipes e de voluntários da organização do jogo, começou por volta das 15h30 (18h30 de Brasilia).
No feminino por equipe, o Brasil perdeu do México e deu adeus às chances de medalha. “Trouxemos uma equipe jovem. Temos que renovar. Este é um momento de transição”, disse Mori.
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