Meninas da ginástica rítmica conquistaram o terceiro ouro em Guadalajara
19/10/2011 - 01h22
Atletas falham individualmente, e time de ginástica salva Brasil de pior dia no Pan
Do UOL Esporte Em Guadalajara (México)
O velho ditado “a união faz a força” salvou o Brasil de passar o seu primeiro dia sem medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Enquanto os principais destaques individuais falharam, o time de ginástica rítmica brilhou no dia em que a delegação nacional só subiu uma vez ao topo do pódio.
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A expectativa era para medalhas de ouro de duas grandes estrelas da delegação: Thiago Pereira e Natalia Falavigna. O nadador, entretanto, ficou apenas com o bronze nos 200 m peito e a lutadora foi eliminada em seu primeiro combate no taekwondo.
Thiago Pereira mantém assim nove medalhas de ouro na história do Pan, uma a menos do que o mesatenista Hugo Hoyama. Ele terá a chance de se tornar o maior vencedor do país na competição nesta quarta, quando disputará os 200 m medley e o revezamento 4x200 m livre.
"Foi bom. É claro que a gente sempre quer ganhar, mas não dá para ser sempre. Estou satisfeito. Fui ao meu limite. Dei o máximo de mim e hoje não deu", afirmou
Já Natalia Falavigna, apesar de ter deixado Guadalajara sem ter acertado um único golpe em sua rival, pelo menos pôde comemorar o retorno às lutas depois de um ano e meio se recuperando de contusões.
“O atleta é acostumado a uma rotina e com dois anos parado, desaprende. Eu estou há dois anos sem essa rotina. Não sei mais o que gosto de fazer, como gosto de aquecer, quanto tempo antes preciso começar. Tudo isso eu preciso reaprender”, disse após o combate contra a norte-americana Lauren Hamon.
Se o ouro foi artigo raro, a prata surgiu em abundância. Foram quatro no dia, três de maneira surpreendente. Na ginástica de trampolim, na ginástica rítmica e no remo os brasileiros subiram ao pódio de maneira inesperada.
A primeira prata do dia aconteceu no remo, com João Hidelbrando e Alexis Mestre na disputa do dois sem masculino. À tarde, Angélica Kvieczynski ficou em segundo lugar na prova das maças da ginástica rítmica e deixou o Pan com quatro medalhas (as outras três foram de bronze, no individual geral, arco e bola).
Esta foi a primeira vez que o Brasil ganhou uma medalha de prata individual na ginástica rítmica. O país normalmente se dá melhor nas provas por equipes.
Logo depois, no mesmo ginásio, Rafael Andrade voou bonito e ganhou a prata na ginástica de trampolim. Ele ganhou a segunda medalha da história brasileira na modalidade (Giovanna Matheus foi bronze no Rio-2007).
Mas o melhor ainda estava por vir. O conjunto brasileiro de ginástica rítmica teve outra atuação irrepreensível e conquistou o seu terceiro ouro no Pan, desta vez na prova de arcos e fitas.