UOL Pan 2011 Acaso e 'graninha' fazem brasileira trocar handebol por elite do atletismo mundial - 10/10/2011 - UOL Pan 2011
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  • Acaso e 'graninha' fazem brasileira trocar handebol por elite do atletismo mundial
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Vanda (c) corre os 100 m rasos com a companheira de revezamento Ana Claudia (d)

Vanda (c) corre os 100 m rasos com a companheira de revezamento Ana Claudia (d)

10/10/2011 - 07h04

Acaso e 'graninha' fazem brasileira trocar handebol por elite do atletismo mundial

Alexandre Sinato
Em São Paulo

Um pedido pouco pretensioso de uma professora levou Vanda Gomes a largar o amadorismo do handebol para se tornar, rapidamente, uma atleta de ponta do atletismo mundial. Claro que quando tomou a decisão, aos 16 anos, a velocista não imaginava onde chegaria, mas uma ajuda de custo foi suficiente para ela adotar as sapatilhas e desistir de fazer os gols nas quadras.

  • João Pires/Divulgação

    Vanda Gomes atualmente defende o atletismo do Clube Pinheiros

“Comecei no atletismo já com 16 anos. Sempre fiz muito esporte. Antes eu jogava handebol, mas uma vez, nos jogos escolares, meu time perdeu e a professora pediu para eu competir no atletismo. Corri os 100 m e os 1.500 m e ganhei as duas provas. Antes disso eu nem sabia como era uma pista de atletismo, nunca tinha pisado em uma”, conta Vanda, hoje com 22 anos.

Ela curtiu a experiência como corredora, mas gostava mesmo era de handebol. Já estava acostumada com a bola pequena e a dinâmica do jogo. Sua estatura (1,80m) também ajudava. Por isso, durante seis meses, ela permaneceu dividida. À tarde, treinava handebol. À noite, dedicava-se ao atletismo.

“Por seis meses eu fiquei treinando os dois esportes ao mesmo tempo depois que saía da escola, mas o handebol é mais amador no Brasil, então decidi ficar no atletismo, até porque comecei a ganhar uma graninha e isso me animou. O atletismo me deu a chance de melhorar de vida”, argumenta.

A paranaense de Matelândia, cidade próxima da fronteira com Argentina e Paraguai, disputou as últimas duas edições do Mundial de atletismo no revezamento 4x100 m. Em Daegu, neste ano, a equipe brasileira quebrou o recorde sul-americano que perdurava desde 2004 (com o tempo de 42s92).

  • João Pires/Divulgação

    Lutimar Paes (e), companheiro de Vanda, já recorreu a rifa e pedágio para comprar um tênis

O quarteto foi formado por Vanda (22 anos), Ana Cláudia da Silva (22), Rosângela Santos (22) e Franciela Krasucki (23). Na final, contudo, elas ficaram na oitava e última posição. Para o Pan, a expectativa é grande. E o resultado abaixo do esperado na final sul-coreana virou motivo de otimismo.

“É uma equipe muito talentosa e muito nova, a mais velha tem 23 anos. Mas a experiência no Mundial já vai nos ajudar no Pan. Será mais fácil aguentar a pressão e entrar na pista com mais calma. O time amadureceu e chega ao Pan com outra cabeça. Podemos brigar por medalha.”

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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