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Show de luzes e fogos marca o início da cerimônia de abertura do Pan de Guadalajara

Show de luzes e fogos marca o início da cerimônia de abertura do Pan de Guadalajara

14/10/2011 - 23h31

Empolgação do público e falhas de estrutura marcam abertura do Pan de Guadalajara

Gustavo Franceschini e Maurício Stycer
Em Guadalajara (MEX)

Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara foram abertos nesta sexta-feira, com uma cerimônia que apostou na riqueza de sons e imagens, levantando o público mas pecando em aspectos estruturais. O presidente mexicano Felipe Calderón foi o responsável por oficializar o início da competição em uma festa que contou com a presença de cerca de metade da delegação brasileira. Já a pira olímpica foi acesa pela atleta local Paola Espinosa, campeã mundial dos saltos ornamentais.

Dos 518 brasileiros que competem no México, 270 entraram no estádio do Chivas Guadalajara. O país foi um dos mais bem recebidos e fez festa durante toda a cerimônia, liderado pelo porta-bandeiras Hugo Hoyama, veterano multi-medalhista do tênis de mesa.

Como esperado, a entrada da delegação mexicana foi grandiosa, levantando o público presente. Os presentes aplaudiram com intensidade o presidente local quando ele, das tribunas, declarou a abertura dos Jogos, diferentemente de 2007, no Rio, quando Lula foi vaiado.

“Tenho certeza de que estes Jogos simbolizarão a união fraterna, a paz e a prosperidade de todos os povos americanos”, disse Calderón.

Se a festa não foi brilhante ou especialmente bonita, o público compensou. Com uma animação irrefreável, os milhares de presentes no estádio participaram de todas as brincadeiras propostas pela organização, receberam bem todos os atletas, inclusive de países rivais, colocando em segundo plano as falhas estruturais que deixaram centenas de jornalistas presentes sem acesso à internet.

O show do público começou antes do espetáculo, no ensaio do jogo de luzes que aconteceu durante a festa, e durou até a despedida no show de Alejandro Fernandez. Quando solicitados, os torcedores munidos de luzes coloridas e bexigas de plástico para fazer barulho fizeram a sua parte. Formaram mosaico, cantaram o hino, ensaiaram movimentos e gritaram em momentos-chave da festa, como na entrada de todas as delegações.

Na vez do México, a gritaria foi ainda maior, como não poderia deixar de ser. A delegação da casa teve um desfile mais extenso e foi muito ovacionada. Além dos gritos, o público também embelezou a cerimônia com as luzes coloridas fornecidas pela organização.

FESTA PIROTÉCNICA ACENDE A PIRA

  • Jefferson Bernardes/VIPCOMM/Divulgação

    Paola Espinosa, campeã olímpica de saltos ornamentais, encerrou o mistério nos últimos momentos da abertura e foi responsável por acender a pira pan-americana no centro do estádio. Grandes tochas no alto da arena foram se apagando, até que o fogo simbólico, também sobre o Omnilife, foi aceso e assim ficará até o fim da competição.

Os torcedores também não foram rudes com políticos. O governador de Jalisco - cuja capital é Guadalajara - chegou a dividir o estádio entre aplausos e vaias, mas acabou ovacionado. Felipe Calderón, presidente do México, chegou a ter seu nome gritado pelo público após um rápido pronunciamento das tribunas. A postura difere completamente daquela adotada pelos brasileiros em 2007, quando o então presidente Luiz Inácio lula da Silva foi vaiado no Maracanã ao ter seu nome anunciado na cerimônia de abertura.

A festa, no geral, saiu poucas vezes do protocolo. Nos momentos mais livres, destacou tradições mexicanas como a música dos mariachis, a tradição das charrúas (espécie de rodeio) e a tequila. O foco na história do país-sede deu o tom a toda a festa, especialmente nos shows. O espaço para atrações musicais foi totalmente dominado por artistas locais, com destaque para o grupo de rock Maná.

Entre as performances, duas se destacaram. Na primeira, acrobatas desceram de um telão na forma cilindro que fica no centro do estádio, no alto. Em meio às suas performances, um tecido desceu do teto e formou, com um jogo de luzes, uma imagem muito bonita para quem estava no estádio.

As luzes também tiveram papel fundamental em outro ponto alto. Na apresentação de um grupo de música eletrônica, tubos de ar foram erguidos do chão até o teto, levando pessoas consigo. Na arquibancada, o público fez sua parte e conseguiu, com muita coordenação, agitar suas luzes na hora e da maneira correta.

A tradicional hora de acender a pira pan-americana foi pirotécnica. Depois de ser conduzida por diversos ícones olímpicos do México, a tocha chegou a Paola Espinoza, melhor do país atualmente nos saltos ornamentais. Despois de uma performance içada pelos cabos do painel do teto, ela levou o fogo à pira. Do chão, ele foi “jogado” por meio de fogos para o teto do estádio, que ficou todo aceso para depois chegar à chama única que seguirá acesa até o fim dos Pan.

Os detalhes da cerimônia também chamaram atenção. O esmero na iluminação durante a passagem das delegações foi um deles, com a bandeira de cada país sendo projetada no centro do palco. A posição dos atletas também foi estudada. Estados Unidos e Cuba, países com uma conhecida rivalidade política, ficaram em lado opostos do estádio, para evitar qualquer constrangimento.

A casa escolhida para a festa ajudou. Moderno, o estádio Omnlife, que pertence ao clube de futebol Chivas e foi inaugurado em 2010, tem lanchonetes espalhados por seus dois andares mais importantes e um número incontável de banheiros e latas de lixo.

Mas toda a festa correu o risco de ficar escondida. Durante a maior parte da cerimônia, a internet sem-fio fornecida pela organização esteve desativada por conta do excesso de pessoas tentando conectar-se. O sistema de banda larga móvel também não suportou a procura de um grande evento e cedeu, deixando centenas de jornalistas incomunicáveis.

A mídia toda ficou em uma área para imprensa improvisada, que normalmente serve como arquibancada. A única sala especial para os jornalistas estava no térreo, sem nenhuma TV ou qualquer visão do que acontecia no gramado. Na parte final da festa, todo o primeiro andar do estádio ficou sem luz por conta de uma outra pane.

*Atualizada às 0h22.

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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