UOL Esporte - Pan 2007
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As regras do boxe amador, válidas nos Jogos Pan-Americanos, são bem diferentes das que regem o boxe profissional. Enquanto entre os profissionais os combates têm 10 ou 12 rounds, entre os amadores a luta tem duração de, no máximo, quatro assaltos de dois minutos cada, com intervalo de um minuto.

Além do número de rounds, existem ainda uma série de outras diferenças entre o boxe amador e o profissional. Os amadores, que precisam ter idade entre 17 e 34 anos, são obrigados a utilizar um protetor de cabeça -os profissionais não podem usá-lo. Mas a principal diferença está na marcação de pontos: no torneio pan-americano, assim que os golpes são desferidos, os juízes atribuem notas que são determinantes na declaração do vencedor.

Marca-se um ponto para um lutador no boxe amador quando ele acerta o adversário com a parte marcada de branco da luva em partes permitidas do corpo do rival, que são o rosto e os lados da cabeça, a frente e os lados do torso. Socos nos braços, por exemplo, não contam pontos.

Cada luta tem cinco juízes, que marcam os pontos conforme os golpes de cada lutador. Todos os árbitros têm em suas mãos um pequeno aparelho eletrônico com dois botões, cada um deles representando um atleta. Se pelo menos três juízes considerarem que houve o ponto e apertarem o botão que representa o mesmo lutador simultaneamente (com menos de um segundo de intervalo) é marcado um ponto para o atleta.

O pugilista que conseguir acumular mais pontos durante os quatro rounds da luta fica com a vitória. Se a luta acabar empatada ou nenhum dos boxeadores conseguir marcar pontos, os juízes se reúnem e decidem por aquele que foi mais combativo.

Considera-se queda sempre que um dos lutadores, abatido por um golpe do adversário, tocar a lona com qualquer parte do corpo com exceção dos pés. Se um lutador cair fora do ringue ou segurar as cordas para não tocar o chão, também é marcado uma queda.

Quando ocorre a queda, o árbitro que acompanha a luta de dentro do ringue abre a contagem de dez segundos. Mesmo se o lutador conseguir ficar em pé antes, obrigatoriamente o árbitro tem que contar até oito. Depois dos oito segundos, o árbitro determina se continua ou não o combate. Caso opte pela continuação, ele grita "boxe".

Se após sofrer uma queda o lutador não conseguir levantar após os dez segundos de contagem do árbitro, caracteriza-se, então, o nocaute.

Um lutador só pode ser salvo pelo gongo no quarto e último assalto. Se o árbitro abrir contagem e o gongo sinalizando o final do 1º, do 2º e do 3º round soar antes de ele completar os oito segundos obrigatórios, a contagem é mantida e, se o lutador não levantar, é apontado o nocaute.

O árbitro pode declarar um lutador vitorioso se o seu adversário estiver sendo muito castigado. A própria comissão técnica de um lutador que visivelmente está sendo castigado pode declarar desistência jogando uma toalha para dentro do ringue.

Existem três tipos básicos de faltas no boxe: o aviso, a advertência e, em casos extremos, a desqualificação. Dois avisos valem uma advertência e três advertências implicam a desqualificação. Algumas das faltas mais comuns são o golpe abaixo da cintura, o agarramento, dar soco com a mão aberta, dar soco na nuca etc. Se um lutador adotar uma postura extremamente passiva, também toma uma falta.

Os combates são disputados em um ringue de 6,1 m2 cercado por cordas. A plataforma onde a luta acontece é revestida com feltro, borracha ou outro material compatível, com o mínimo 1,3 cm e o máximo de 1,9 cm de altura, sobre a qual uma lona é estendida e presa.

Os pugilistas são obrigados a utilizar luvas nas cores azul ou vermelha, com peso de 284 g. A parte de pelica não deve pesar mais que a metade do peso total da luva, e a parte acolchoada não menos que a metade do peso total da luva. Já os capacetes precisam ser da mesma cor das luvas (e do corner em que o pugilista está sendo atendido).