Data e local de nascimento:
09/08/1967, no Rio de Janeiro (RJ)
Peso/Altura:
85 kg / 1,90 m
Residência:
Rio de Janeiro (RJ)
Participações no Pan:
Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio-2007
Campanha no Pan:
Medalha de prata
Pará
Destaque da seleção brasileira no Pan, Pará ajudou a equipe na conquista da medalha de prata. Mesmo com grandes defesas, não conseguiu segurar a forte equipe norte-americana, que venceu do Brasil por 9-2 na partida final, levando com o ouro, como aconteceu em Santo Domingo.
O Pinheiros é o primeiro clube que o carioca André Cordeiro, o Pará, defende fora do Rio de Janeiro. O integrante mais velho da seleção brasileira de pólo aquático começou na modalidade no Botafogo, aos 11 anos de idade, em 1979. Depois disso, fez um giro pelos principais clubes da cidade maravilhosa.
Em 1985, o goleiro foi para o Flamengo, em 1989 passou pelo Guanabara, voltou ao Botafogo em 1994, jogou pelo Fluminense em 1996 e veio para São Paulo em 2002. Atualmente, o grande sonho dos atletas da modalidade no Brasil é jogar no exterior, onde existe a chance de se tornar profissional. Pará também alimentou este desejo, antes de as portas começarem a se abrir para os jogadores nacionais. "Goleiro é mais complicado. Eles buscam jogadores é para a linha", diz o veterano.
Formado em engenharia elétrica, Pará, como seus colegas de seleção, se desdobra para encaixar os treinos em sua agenda. Aos 39 anos, ele diz que o segredo é não relaxar. "Eu me cuido e a medicina está bem mais moderna, o que facilita para os jogadores de mais idade. Sou técnico e tenho velocidade de perna para chegar nas bolas", afirma.
Mesmo assim, depois do Pan, ele deve deixar a seleção para continuar, contudo, defendendo clubes. Parar não é uma coisa que passe pela cabeça do atleta que começou na seleção aos 15 anos, em 1983, para acumular títulos. Só em Sul-Americanos, são cinco (1998, 2000, 2002, 2004 e 2006).
Foi também bronze na Copa Latina disputada na Itália, em 1998. No mesmo ano, no Mundial de Perth, na Austrália, ganhou elogios do espanhol Estiarte, um dos melhores do mundo, depois de fazer quatro defesas difíceis, cara a cara com o adversário. Em Pans, o goleiro esteve na campanha de Winnipeg-1999, quando o Brasil ficou fora do pódio, em quarto lugar, e na de Santo Domingo-2003, que rendeu a prata para o país.
Um currículo respeitável do carioca que passou apenas seis meses na natação antes de adotar o esporte coletivo. E tornar-se o Pará da seleção, apelido que veio de casa. "Meus irmãos eram conhecidos de brincadeira como Paraíba e o outro ficou abreviado como Pará e eu passei a ser o Parazinho. Em casa é assim que me chamam."