Data e local de nascimento:
15/07/1976, no Rio de Janeiro (RJ)
Peso/Altura:
90 kg / 1,84 m
Residência:
Rio de Janeiro (RJ)
Posição:
Atacante
Clube:
Fluminense (RJ)
Participações no Pan:
Winnipeg-99, Santo Domingo-2003 e Rio-2007
Campanha no Pan:
Medalha de prata
Beto Seabra
Beto Seabra está entre os veteranos da seleção brasileira de pólo aquático. O atacante tem orgulho de dizer que há mais de dez anos não perde uma competição da qual o Brasil participa. "Em 95 eu fui convocado, mas acabei cortado. Comecei a treinar em 96 e nunca mais fiquei fora de nada", ressalta.
No Pan do Rio Beto repetiu, com a seleção brasileira, a prata conquistada em Santo Domingo, ajudou a seleção na conquista de mais uma medalha pan-americana. No jogo final, o Brasil perdeu dos favoritos norte-americanos, que ficaram com o ouro.
Este período inclui três participações em Pan-Americanos e o de Santo Domingo foi o mais importante, na opinião do atleta. "O Pan é um campeonato bastante visado. Talvez até existam outros resultados melhores do ponto de vista da qualidade técnica, mas que não têm grande exibição. Por isso, ganhar a prata no último Pan foi muito legal", afirma.
Com a oportunidade de disputar o torneio no Brasil, a visibilidade aumenta ainda mais. "Até amigos que eu não via há anos me ligam, dizendo que querem ver os jogos. Todo mundo quer conseguir ingresso", conta.
Antes do Pan, Beto dizia querer aproveitar ao máximo os Jogos no Rio, que podem marcar sua última participação no evento. "Depois do Pan, vou trabalhar na minha área", diz o atleta, que se formou em Publicidade e fez uma segunda faculdade, de Ciências Atuariais, que atua com seguros e previdência. A preparação para a nova carreira está em pleno andamento, com o mestrado em Estatística.
Estudante dedicado, Beto passou em primeiro lugar em seu segundo vestibular, na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Para sua sorte, a prova foi realizada fora do período de competições com a seleção. Mesmo assim, ele chegou a levar os livros em algumas viagens com a equipe, para estudar nos intervalos dos treinos e perdeu várias madrugadas se dedicando às matérias necessárias para ser bem-sucedido no processo de seleção.
"Eu sempre gostei de matemática e, como todos são amadores no pólo, não dá para se dedicar totalmente ao esporte", lamenta. "Eu sempre consegui conciliar as duas coisas, mas agora vou ter de me dedicar mais ao trabalho", completa.
O início no pólo foi aos 10 anos de idade, por influência de um primo que já era jogador. Não demorou muito para que Beto entrasse para as categorias de base da seleção. E, antes mesmo de passar para a categoria adulto, já era chamado para o time exatamente quando outro atleta não podia se apresentar, por causa do trabalho.