UOL Esporte - Pan 2007
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Brasil ainda procura substitutos de Borges e Xuxa

COB/Divulgação

Equipe brasileira comemora medalha de bronze na Olimpíada de Sydney-00

No Brasil, as competições de natação começaram a ser realizadas no final do século 19, quando a União de Regatas Fluminense do Rio de Janeiro passou a organizar torneios na enseada de Botafogo. Inicialmente, os competidores eram os atletas de remo, que tinham na natação um complemento e uma segurança para seu esporte principal. Apenas na década de 30 a natação tornou-se independente do remo, com a fundação das Ligas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Na capital paulista, as travessias no rio Tietê eram populares no início do século passado.

Em 1920, na Antuérpia, a natação brasileira estreou nos Jogos Olímpicos com Ângelo Gammaro e Orlando Amêndoa. A participação feminina teve início apenas 12 anos depois, nas Olimpíadas de Los Angeles, com Maria Lenk, que foi responsável ainda por outra quebra de tabu, ao ser a primeira mulher a nadar no estilo borboleta.

Quatro anos depois, ela seria semifinalista nos 200 m peito. Mas o primeiro pódio brasileiro em Olimpíadas aconteceu somente em 1952, quando Tetsuo Okamoto foi bronze nos 1500 m livre em Helsinque, na Finlândia.

O “ensaio” para a conquista histórica veio um ano antes, com os dois ouros na primeira edição do Pan-Americano, em Buenos Aires, na Argentina. Okamoto venceu os 400 m e os 1500 m, dando início a uma grande lista de medalhas que a modalidade rendeu ao Brasil na competição continental.

Em 14 edições foram 20 ouros, 35 pratas e 58 ouros. E outras dobradinhas, como a de Ricardo Prado, que conquistou dois ouros e duas pratas nos Jogos de Caracas-1983 e, no ano seguinte, foi prata nos 400 m medley nas Olimpíadas de Los Angeles. Ou Gustavo Borges, que ganhou cinco medalhas no Pan de Havana-1991 para, nas Olimpíadas de Barcelona-1992, recolocar o Brasil no pódio com a prata nos 200 m livre.

Na década de 90, o número de medalhas da natação para o Brasil no Pan deu um salto, principalmente graças ao surgimento dos talentos Gustavo Borges e Fernando Scherer. E, também, devido a uma melhora da natação feminina no país. Só no Pan de Winnipeg-99, foram sete medalhas de ouro, cinco delas conquistadas com Borges e/ou Xuxa. As mulheres garantiram três bronzes em provas de revezamento.