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Christiane Ritz (d) é atleta brasileira dos 800 m e disputa o Pan do México

Christiane Ritz (d) é atleta brasileira dos 800 m e disputa o Pan do México

26/10/2011 - 07h01

Magrela, brasileira sugere "luvas de boxe" nas provas de meio-fundo do atletismo

Alexandre Sinato e Roberta Nomura
Em Guadalajara (México)

Os 1,76 m e apenas 52 kg colocam Christiane Ritz na classe das ‘magrelas’. Com o corpo franzino, a brasileira sofreu na final dos 800 m e terminou na quinta colocação. Segundo a própria gaúcha, a prova costuma ter muito contato físico. E o corpo a corpo não costuma favorecê-la. Ela, então, tratou de se defender como podia e chamou uma das adversárias para uma conversa e sugeriu luvas de boxe para provas de meio-fundo.

BRASILEIRA APRENDE COM TOMBO E FOGE DA MUVUCA

Um tombo na semifinal do revezamento 4x400 m no Mundial de Daegu marcou a competição para Joelma das Neves Souza. A queda tirou qualquer chance de o Brasil avançar e virou uma lição para a maranhense: fugir da muvuca no revezamento.

"Fiquei muito tempo esmagada e a muvuca foi grande. Aí não tinha saída. Quando fui tentar sair, me atropelaram e levei o tombo. Serviu de lição para o Pan", disse.

Nesse revezamento, depois de percorridos 500 m, os atletas não precisam mais respeitar as raias que largaram. Com isso, todas vão para a raia da parte de dentro, gerando a 'muvuca' que Joelma agora quer distância.

O ouro ficou com a cubana Adriana Muñoz e a prata com a mexicana Elizabeth Medina. Duas das adversárias que mais recorrem ao contato físico terminaram na frente de Christiane: a colombiana Rosibel Garcia (bronze) e a cubana Rose Mary Almanza. “Há oito anos saí da prova com energia sobrando. Hoje dei o máximo de mim e estou satisfeita. Sabia que tinha adversárias fortes. Tive que buscar um posicionamento melhor, porque elas estavam se batendo muito. Eu acabo sendo prejudicada porque sou magrela”, explicou a brasileira.

Um dia antes da final dos 800 m, Christiane Ritz chamou a colombiana para conversar. “Conheço ela há 12 anos e já tenho intimidade. Perguntei se íamos ter um papo na boa ou se precisaria de luvas de boxe", brincou. "Nos 800 m as raias são livres e o contato acontece com frequência. Precisa estar com luva de boxe para se defender”, completou a brasileira. O pior contato físico da gaúcha durante uma prova foi justamente com Rosibel Garcia.

“Ela tocou no meu calcanhar, eu acabei perdendo o equilíbrio e tive continuar. Isso depende muito da interpretação do árbitro. Mas o empurra-empurra é muito comum. Desta vez, eu poderia ter sofrido uma lesão séria no tendão”, falou Christiane. O contato físico não fez a brasileira tentar mudar sua estrutura corporal para ter mais vantagem no empurra-empurra. “Sou geneticamente magrela. Mas eu engano bem. Sou magrinha, mas carrego bastante peso nestas pernas”.

Medalhas

  • País
    Ouro
    Prata
    Bronze
    Total
    EUA 92 79 65 236
    CUB 58 35 43 136
    BRA 48 35 58 141

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