Data e local de nascimento:
07/04/1979, em São Bernardo (SP)
Peso/Altura:
57 kg /1,62 m
Residência:
São Paulo (SP)
Posição:
Receptora
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Sétimo lugar
Marcinha
A história da receptora Márcia começou como a de muitas outras do softbol. O pai e o irmão jogavam beisebol e a aspirante à jogadora brincava com as bolas e com o taco. "Com 11 anos, eu comecei a jogar mesmo", lembra.
O pai foi responsável pela criação do clube Beisebol Santo André, justamente por causa da carência dos filhos em treinarem em algum lugar na cidade do ABC. "Qualquer pessoa que andava na rua meu pai chamava para jogar. Na classe da escola nós também chamávamos", recorda.
Marcinha atuou em Santo André dos 11 até os 20 anos, quando entrou na categoria adulto. Depois deste período, ela passou a jogar pelo Coopercotia. "Já com 14 anos, eu peguei minha primeira seleção. Era júnior. Fomos para um torneio no Peru e eu ganhei destaque como a melhor receptora", conta.
Com a mais velha da equipe do Pan, a jogadora, de 28 anos, acabou assumindo o posto de capitã do time. Antes, porém, ela havia abandonado o esporte por dois anos. "Em 2001, eu casei. Aí, tive uma filha e só em 2003 voltei a jogar", explica. Marcinha é a única da seleção com filha e marido. Mesmo assim, não se acha mais velha que as outras meninas. "Acho que não me sinto mais velha que elas. Eu vejo a gente a mesma faixa etária. Até porque as meninas que têm 18 anos tem que se portar conforme uma jogadora de uma seleção nacional", ressalta.
No Pan, a seleção não foi muito bem, terminou em sétimo e com apenas um ponto marcado. Marcinha assumiu seu posto de capitã e se esforçou, mas o único adversário batido foi Porto Rico, que ficou em oitavo lugar.
Fora da época de competição, a família só dificulta mais na rotina da atleta. Além de trabalhar na empresa do marido, ela volta para casa no almoço para dar comida e levar a filha, de 6 anos, para a escola. Depois do expediente, passa na academia, quando não tem treino nas terças, quartas e quintas. "Nossa vida é de atleta de amador. A gente não tem descanso. Uma atleta profissional tem descanso. É uma coisa que não tem [no amador]".
Mesmo se sacrificando na pouca relação com a filha por causa dos treinos, ela não se arrepende quando vê a menina falando com todo mundo, eufórica: "Sabia que minha mãe vai para o Pan?"