A quadra emborrachada da arena do Riocentro não agradou à seleção brasileira de futsal. Acostumada a jogar sobre a madeira, a equipe lamentou ter de competir no Pan em um piso que não é o tradicional da modalidade.
O técnico Paulo César Oliveira, o PC, lamentou um possível descaso. "Esse é um grande problema, nós não jogamos nesse piso com freqüência nenhuma. Mas falam que não somos uma modalidade, mas, sim, um subesporte", afirmou o treinador.
PC afirmou que o piso de borracha é mais propício a causar lesões aos jogadores. E também favorece as equipes que se dispõem a jogar focadas na defesa. O que será uma rotina contra a seleção no Rio.
"É muito prejudicial ao nosso time, pois deixa o jogo lento. Isso beneficia a marcação, o jogo fica muito diferente. Na madeira seria outro ritmo, melhor para o estilo de nossos jogadores", afirmou.
O pivô Lenísio confirmou a dificuldade para os brasileiros se adaptarem ao piso dos jogos do Pan. "Ele prende muito, atrapalha nossa movimentação. Fica mais complicado jogar futsal na borracha", disse o jogador, que atuou na Espanha na última temporada. "Lá fora não se joga em borracha nunca, a madeira é obrigatória."
Dentre as críticas, ao menos um atleta se manifestou satisfeito com a quadra: o goleiro Rogério, naturalmente. "Para o goleiro é melhor. Eu gosto, porque o jogo fica mais lento."
A quadra emborrachada do Riocentro foi utilizada pelo handebol na última semana - para a modalidade, esse é o padrão nos jogos internacionais.
Antes do Pan, o ala Falcão também se disse contrariado com a capacidade de 2.745 pessoas do estádio. Sua esperança era a de que a seleção pudesse jogar em um ginásio maior, citando o Maracanãzinho (8.257 pessoas) como um alvo.