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23/07/2007 - 11h38

Seleção estréia no Pan com vitória, mas sem espetáculo

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção brasileira de futsal venceu a Guatemala por 4 a 1 em sua primeira partida na história do Pan, mas não empolgou, nesta segunda-feira, na arena do Riocentro.

IMAGENS DA VITÓRIA DO BRASIL
Flávio Florido/UOL
Goleiro da Guatemala, Carlos Mérida (no chão), comemora seu gol contra o Brasil
Flávio Florido/UOL
Depois de marcar o quarto gol brasileiro, Falcão comemorou com goleiro Rogério
Flávio Florido/UOL
Valdin, Ciço e Falcão agradecem o apoio da torcida que compareceu ao Riocentro
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Com a missão dupla de conquistar um ouro para redimir o fracasso nos últimos dois Mundiais e atuar como embaixadores da modalidade em sua luta para ingressar no calendário olímpico, os brasileiros tiveram um rendimento aquém do esperado.

O ginásio com capacidade para 2.745 torcedores ficou praticamente lotado nesta manhã. Grande parte desses torcedores aguardava lances plásticos da seleção e, principalmente, os malabarismos do ala Falcão.

"Jogamos contra um rival muito fechado, que sempre ficou atrás. A gente tem de procurar os espaços. Será assim no Pan inteiro. Mas precisamos pensar primeiro em ganhar e, depois, em fazer algo bonito", afirmou o fixo Neto.

A equipe começou a partida com seu principal chamariz, o ala Falcão, no banco. Não demorou muito para a torcida pedir sua entrada em quadra. Isso aconteceu com cinco minutos disputados, logo após o primeiro gol brasileiro, quando o técnico PC trocou a primeira unidade por uma segunda formação completamente diferente (à exceção do goleiro Rogério).

Durante os 17 minutos iniciais, o treinador brasileiro trabalhou sua equipe dessa forma: com um quarteto em linha de cada vez. Apenas ao final do primeiro tempo ele fundiu as eqiupes. Independentemente dos jogadores em quadra, o time foi dominante diante de um rival sem muita iniciativa. Mas não conseguiu dar espetáculo.

"Estávamos um pouco inseguros e tensos com a estréia. Mas isso pode mudar durante o torneio. Precisamos ser um pouco mais irresponsáveis", afirmou Falcão.

O Brasil lidera o grupo A do Pan no saldo de gols. O Paraguai, que bateu Cuba por 2 a 1 na abertura da chave, vem em segundo. Nesta terça, os cubanos serão os adversários.

O jogo

A seleção brasileira criou poucas chances nos primeiros 20 minutos de jogo. Mas isso não significou que a partida tenha sido equilibrada. A equipe dominou as ações em quadra, pois praticamente anulou o time guatemalteco.

Os rivais da América Central tiveram apenas três investidas contra o gol brasileiro, sendo que a primeira foi logo o primeiro lance do jogo, em chute cruzado de Acevedo, pela direita, para fora.

Depois disso, aos 14min, o goleiro Rogério fez uma grande defesa com a perna, tendo atacante bem a sua frente, em progressão com liberdade. A terceira originou o único gol adverso, justamente do goleiro Mérida, que avançou ao campo ofensivo em cobrança de falta, ficou livre e bateu firme e rasteiro.

O domínio da partida, contudo, não significou em muitos gols ou até mesmo no espetáculo que o torcedor poderia esperar do grande favorito do torneio. E isso valeu para as duas escalações que PC usou inicialmente de modo separado - Ciço, Marquinho, Vinícius e Lenísio na primeira e Neto, Valdin, Falcão e Gabriel na segunda.

Os gols brasileiros foram marcados por Ciço, após rebote a 15min do fim, Valdin, em contra-ataque pela direita a 10min, e Marquinho, aproveitando jogada de pivô de Lenísio a 8 min.

Na segunda etapa, pouco mudou na dinâmica do duelo. Os guatemaltecos não eram uma ameaça, mas ao mesmpo se fechavam com eficiência na defesa.

A seleção ainda conseguiu aumentar o placar com gol de Falcão, a 10min do fim. O ala recebeu a bola na direita, se livrou da marcação paralelamente ao gol e girou rápido para fazer. A torcida aplaudiu, gritou seu nome, e foi o máximo de festa no confronto.