"A gente precisa saber decidir", diz Sassá

A derrota para Cuba na final do torneio feminino dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro reacendeu lembranças desagradáveis da seleção brasileira. Na Olimpíada de Atenas, em 2004, e no Mundial do Japão, em 2006, o Brasil também esteve muito perto da vitória e deixou o triunfo escapar.


Para a ponteira Sassá, a equipe precisa aprender a se comportar nos momentos decisivos dos campeonatos. "A gente precisa saber decidir. Faltou isso hoje", disse a jogadora, com olhar marejado, após ganhar a medalha de prata no Rio de Janeiro.

Na Olimpíada de Atenas, o Brasil chegou a abrir 24-19 na semifinal contra a Rússia, nas não conseguiu fechar o jogo. No Mundial do Japão, na decisão diante das russas, a seleção esteve em vantagem de 13-11 no tie-break, e novamente levou a virada.

Nesta quinta, na final do Pan, novamente o Brasil ficou muito perto do título. A seleção teve a seu favor seis match points, sendo quatro no quarto set e dois no tie-break. E mais uma vez o time não conseguiu coloocar a bola no chão.

"Se eu soubesse o que acontece, a gente estava com o ouro nesta hora", lamentou a ponteira Paula Pequeno. "Não sei dizer o que acontece. A gente deixa de aproveitar as oportunidades. É difícil falar. Vamos ficar sempre buscando o que errou. Mas faz parte da vida do atleta", disse a líbero Fabi.

Para o técnico José Roberto Guimarães, o time não sente a pressão de ter que fechar os jogos decisivos dos campeonatos.

"Já vimos equipes que tiveram match point não fecharem o jogo. Não é um 'privilégio' da seleção brasileira. Uma hora a gente tem sorte, outra não. Faz parte do jogo, não tem como explicar", afirmou o treinador.

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