PAN 2015

• Quadro de Medalhas

Chinesa de nascimento e brasileira por opção desde 2012, a mesatenista Gui Lin chamou a atenção não apenas por ser uma das atletas naturalizadas a defender o Brasil na Olimpíada de Londres mas também pelo romance com Zizao, ex-jogador do Corinthians.

Porém, assim que o chinês deixou o Brasil para retornar ao seu país-natal,  no término de 2014, o namoro chegou ao fim. Desde então não se falaram mais e cada um resolveu seguir o seu caminho.

O dele foi defender o Beijing Guoan e tentar dentro das quatro linhas o sucesso que não teve no clube paulista.

O dela foi intensificar os treinamentos, escalar no ranking mundial e conseguir a classificação para disputar a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. E o caminho para isso passa pelos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que tem início no próximo dia 10. A campeã da chave de simples já terá a vaga olímpica garantida sem a necessidade de passar por uma outra classificatória.

"Nunca mais falei com ele (Zizao). Ele está vivendo a vida dele lá e eu a minha aqui, os dois tranquilos. Quando ele foi embora do Brasil, vimos que não iria dar certo o namoro à distância e poderia nos atrapalhar em nossos objetivos. Decidimos que cada um iria seguir o seu caminho. Foi melhor assim", disse Gui Lin, de 21 anos.

O relacionamento durou pouco menos de seis meses, mas durante o namoro que começou após o encontro em uma festa, Zizao até chegou a falar na possibilidade de casamento.

Hoje solteira, Gui Lin não pensa em se envolver em um novo relacionamento tão cedo. Sabe que a rotina de treinos e viagens é um complicador para engatar um namoro.

"Com esta vida de jogador que temos é complicado. Cada hora estamos em um lugar, não paramos", disse a atleta, que segue defendendo o Palmeiras/São Bernardo.

Atual 124ª colocada do ranking mundial, Gui Lin é a melhor brasileira na lista da federação Internacional de Tênis de Mesa. Em Toronto, será o principal nome do time feminino que tentará uma medalha na competição poer equipes pela primeira vez desde a edição de Winnipeg-CAN, em 1999. Ao seu lado, terá a companhia de Caroline Kumahara (133º) e Ligia Silva (163º).

"Melhoramos bastante nos últimos tempos. Estamos com uma equipe forte, tanto que no ano passado conseguimos o título mundial da segunda divisão, ganhamos o título latino-americano. Temos muitas condições de brigar por esta medalha", afirmou a jogadora, que apesar de só ter conseguido a naturalização em 2012 vive no Brasil desde 2005.

"Estou bem confiante para este meu primeiro Pan. Estamos treinando bem. O resultado será uma consequência de nosso trabalho", completou a atleta nascida em Nanning, no sul da China.

Estudos até no avião
Apesar de ainda carregar no sotaque, Lin já é fluente em português e está cursando administração na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo (SP). Porém por causa de sua rotina teve de optar por um curso de educação à distância.

E para conseguir se manter em dia com os estudos e não reprovar, a jogadora precisa se desdobrar.

"Vou no avião vendo aulas. Tem vezes que durante as competições fico estudando nas madrugadas. Mas meus professores me ajudam bastante e até prorrogam o tempo de entrega dos trabalhos e das provas", contou.