Remadoras flagradas no doping estão fora do Pan de Toronto

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

  • AFP

    Kyssia Cataldo em foto antes das Olimpíadas de Londres, em 2012

    Kyssia Cataldo em foto antes das Olimpíadas de Londres, em 2012

A Confederação Brasileira de Remo (CBR) confirmou que as atletas flagradas no exame antidoping Kissya Cataldo e Nayara Furtado estão fora dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que começam no dia 10 de julho. O UOL Esporte havia antecipado a notícia sobre o exame das brasileiras, que representariam o país na competição que acontece em Toronto, no Canadá

O presidente da CBR, Edison Altino Júnior, explicou que os casos das  atletas são diferentes. "No caso da Kissya, é uma substância diurética que não dá ganho em performance. Ela deu a justificativa dela, pode ser vestígios em complementos. A Nayara está tratando de forma diferente. A recuperação que ela teve um tempo atrás", disse Edson Altino Júnior ao UOL Esporte

Kissya Cataldo, de 33 anos, competiria no skiff simples e no quatro com. O nome de Nayara,  que não havia sido revelado em primeiro momento, nem consta na lista de provas disponibilizadas no último dia 30 no site da CBR. 

Apesar do corte, Altino Júnior fez questão de explicar que as atletas não estão suspensas pela CBR. A medida foi apenas preventiva. Um punição, caso exista, só será dada após a abertura da contraprova e um julgamento feito pelo painel de doping da Federação Internacional de Remo (Fisa, na sigla em francês).  

"Quero deixar claro que elas não estão suspensas. Mas optamos por não levar estas atletas pois corríamos o risco até de ter de devolver uma medalha. Seria uma dor de cabeça muito grande. E além disso poderia passar uma imagem de que estamos sendo negligentes de levar atletas que foram pegas no antidoping, de que estaríamos escondendo algo. Somos muito rigorosos e queremos ter atletas limpos", completou Altino.

Não é a primeira vez que Kissya testa positivo no antidoping. Nos Jogos Olímpicos de 2012, a remadora foi retirada da delegação brasileira depois de um teste feito antes da competição, no Brasil, acusar presença de substância considerada doping. Ela pegou dois anos de suspensão e pode sofrer uma pena ainda mais pesada caso seja considerada culpada desta vez. 

O presidente informou também que nenhuma outra remadora será chamada para substituir as cortadas e que a comissão técnica terá de definir uma substituta para Kissya na categoria quatro com. No skiff simples pesado, o Brasil não deverá ter um barco competindo.

Procurado pela reportagem, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) informou que "lamenta o ocorrido e aguardará a decisão final da Fisa".

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