Data e local de nascimento:
04/04/1983, em Recife (PE)
Peso/Altura:
60 kg / 1,65 m
Residência:
Recife (PE)
Categoria:
Pistola de ar
Participações no Pan:
Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
11º na pistola de ar 10 m
Cecilia Frej
Desde criança, Cecilia Frej sempre quis ser atleta. Mas muito diferente do pai, Gustavo Frej, atirador, a recifense se dedicava à ginástica olímpica e sua proximidade com o tiro esportivo se limitava aos campeonatos que sua família assistia. "Cresci vendo meu pai competindo e viajando toda hora, não pensava em praticar", lembra a atleta.
Com o tempo, no entanto, Cecilia mudou de idéia. "Fui ficando velha para a ginástica, aí passei a pensar diferente. Vi que tinha que escolher outro esporte, e o tiro sempre fez parte do meu cotidiano", justifica ela, que em 1999 se uniu a um pequeno grupo de filhos de atiradores de Recife que treinavam em um clube da cidade, onde começou a competir.
"No começo, era brincadeira, mas todo mundo se animou quando começamos a competir", diz Cecilia, que se desdobrou para levar os estudos e os treinos. "Durante todo o colégio fui conciliando, até a época do vestibular. Aí soube que, se parasse, ia ser difícil voltar depois. Então, viajava para as competições com os livros e ia estudando no avião", conta.
Formada em Administração de Empresas, a atiradora também contou com o apoio dos colegas de trabalho para manter a rotina. "No começo era difícil, porque tinha que pedir para o meu chefe para viajar para competir, mas tenho o incentivo de todos", diz Cecilia, que se sente 'isolada' em Recife.
"Estou sozinha aqui em Pernambuco, a equipe está concentrada no Sul e no Sudeste do país, o que torna tudo um pouco mais difícil pra mim", desabafa a atleta. "Todo o grupo que atirava comigo parou, cada um seguiu sua vida; só eu sigo treinando, agora sem companhia." Para contornar as dificuldades, a atiradora se apóia em seu pai, que é também seu treinador, apesar de ser atirador de carabina. No futuro, Cecilia cogita deixar sua cidade natal.
A estréia de Cecilia em Pans foi em Santo Domingo-2003, mas ela não guarda boas lembranças. "Em Santo Domingo, chegamos bem antes da competição, mas tivemos as armas recolhidas e não pudemos treinar. O clima era tão tenso que fui para a prova chorando de nervoso". O resultado foi a 20ª colocação.
No Rio, a brasileira esperava contar com a experiência de já ter participado uma vez dos Jogos. De fato, ela melhorou sua colocação, mas, sem chegar à final da pistola de ar 10 metros, terminou no 11º na classificação geral.