Data e local de nascimento:
10/02/1983, em Porto Alegre (RS)
Peso/Altura:
41 kg / 1,45 m
Residência:
Curitiba (PR)
Participações no Pan:
Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan-2007:
Prata por equipes
Daiane dos Santos
Em 2003, Daiane dos Santos era coadjuvante na ginástica feminina do Brasil no Pan de Santo Domingo. Em 2007, chegou como grande estrela da delegação nos Jogos do Rio, mas sua passagem pela competição acabou de maneira frustrante.
Ainda nos treinos para o Pan, no dia 6 de julho, a ginasta torceu o tornozelo direito, ficando fora da apresentação que inaugurou a Arena Multiuso no Complexo do Autódromo, evento-exibição realizado no dia seguinte à lesão da ginasta. Daiane voltou a treinar no dia 9, com uma proteção no local, e só teve sua participação confirmada no dia 11, mesmo assim, com ressalvas.
No treino do dia 12, a atleta precisou colocar gelo no tornozelo esquerdo e alegou que o piso estava um pouco mais duro. Também anunciou que não disputaria a prova de barras assimétricas, para se concentrar no salto e no solo, provas em que tinha mais chances.
Mas as dores não diminuíram e Daiane competiu no sacrifío na prova por equipes, na qual o Brasil foi prata, na noite do dia 14 de julho. Já no dia seguinte, a participação de Daiane no solo, sua especialidade, era colocada em dúvida e a confirmação veio na véspera da prova, no dia 15. Ela já havia descartado também participar da prova de salto.
Grande esperança de medalha para o Brasil, a ginasta de 24 anos agora deve se concentrar no Mundial de Stuttgart, marcado para setembro e que vale a classificação para as Olimpíadas de Pequim-2008.
Atualmente, a ginasta ostenta os melhores resultados da história da ginástica brasileira pelo mundo. Natural de Porto Alegre, a gaúcha mostrou que não seguiria no papel de coadjuvante logo após o Pan de 2003. Na competição seguinte, no solo, ela entrou para a história como a primeira brasileira a levar o ouro no Campeonato Mundial, disputado em Anaheim, nos Estados Unidos.
O feito inaugurou uma série de vitórias de Daiane, que seguiu acumulando ouros em etapas internacionais da Copa do Mundo e na superfinal do Mundial, no Rio de Janeiro, em 2006. A nova e vitoriosa rotina, por outro lado, rendeu grande pressão sobre a atleta na Olimpíada de 2004, para a prova de solo.
Capaz de deixar brasileiros grudados na televisão para acompanhar uma prova da modalidade (algo raro no país do futebol), a ginasta, depois de avançar à final com um terceiro lugar, ficou em quinto e não subiu ao pódio. De esperança, virou alvo de dúvida e decepção, ao menos em Atenas. Ainda assim, a quinta colocação obtida na final representou a melhor participação de uma brasileira na história das Olimpíadas.
Em Pan-Americanos, Daiane também coleciona medalhas, mas nenhuma dourada. Em Winnipeg-99, ela faturou uma prata no salto sobre o cavalo e dois bronzes, sendo um no solo e outro por equipes. Quatro anos depois, na República Dominicana, teve participação mais apagada, levando apenas um bronze por equipes.
Treinada pelo ucraniano Oleg Ostapenko, Daiane é conhecida como uma atleta dedicada e carismática. Além, é claro, de exibir competência, a ponto de conseguir registrar o salto duplo twist carpado com seu nome (o movimento foi batizado pela federação internacional de "Dos Santos").