Data e local de nascimento:
01/08/1970, em Belo Horizonte (MG)
Peso/Altura:
80 kg / 1,80 m
Residência:
Belo Horizonte (MG)
Categoria:
até 80 kg
Participações no Pan:
Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Medalha de bronze
Nelson Sardenberg
Nelson terminou o Pan com uma medalha de bronze. A medalha, porém, não veio com uma vitória. Com o placar de 5 a 3 o brasileiro perdeu a semifinal para o chileno Diego Borquez na categoria até 80 kg do caratê.
Nada mal para quem demorou para começar a competir. Já era faixa preta e tinha 18 anos quando entrou pela primeira vez em um tatame com o objetivo de acertar o adversário em cheio. Na sua frente, Bahiano, atleta que acabara de conquistar a medalha de prata do Pan-Americano de caratê no peso pesado. Resultado: muita dor e a fratura de uma costela.
O revés não mudou a rotina de Nelson. "Não parei de treinar nem um dia, apesar das dores", revela. Talvez por essa determinação o mineiro tenha conseguido vencer 15 vezes o Campeonato Brasileiro e conquistado as duas medalhas de prata nos Jogos Pan-Americanos de 1999 e 2003.
Não foi apenas a dor de uma costela quebrada que Nelson teve que agüentar. Em 2002, enquanto disputava do Campeonato Pan-Americano em Porto Rico, um golpe lhe custou a mandíbula. Junto com a cirurgia de urgência veio a dúvida de continuar no tatame. "Pensei em parar de lutar, pois fiquei muito abalado psicologicamente".
A volta, porém, ocorreu em menos de dois meses, depois de assistir a uma edição dos Jogos Sul-Americanos, que aconteceu em São Paulo. Sua reestréia aconteceu no Campeonato Brasileiro daquele mesmo ano e o resultado foi surpreendente: campeão. "Nunca comemorei tanto uma vitória", lembra.
Mas quem já venceu tanto, também conhece o peso da derrota. Foram duas finais de Jogos Pan-Americanos que ficaram devendo. "Bati na trave de ser campeão por duas vezes. Lembro que lutei muito bem nas eliminatórias e que na final entrei um pouco desconcentrado, o que foi fatal".
Nelson sabe que esteve diante de mais uma chance de conquistar a medalha de ouro e dessa vez não queria deixá-la escapar. Mas não conseguiu se superar. Mesmo com os treinamentos que duraram cinco horas diárias, quantidade que ele revela ser o máximo possível. "Muitas pessoas acham que nós, atletas, treinamos o dia inteiro ou oito horas por dia. Isto é impossível, pois e intensidade dos treinos é muito grande".