UOL Esporte - Pan 2007
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29/07/2007 - 15h37

Lula elogia conjunto, mas combate "ilusão" pan-americana

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Assim como em 2003, a seleção brasileira conquistou o ouro do Pan de modo invicto. A equipe agora só espera que o final da temporada seja diferente do de quatro anos atrás, quando sucumbiu no Pré-Olímpico de San Juan.

Flávio Florido/UOL
Jogadores da seleção brasileira comemoram o título, o terceiro seguido
BRASIL É TRICAMPEÃO
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MARQUINHOS: DÚVIDA EM LAS VEGAS
Fundamental para isso é combater a euforia após a conquista em um torneio de nível técnico mais fraco e que não se crie um falso cenário para competir com rivais mais tarimba em Las Vegas, em agosto.

"Ainda há um caminho longo pela frente, muito tem de ser feito. Ninguém vai ficar iludido com o título do Pan", afirmou Lula Ferreira. "Acho que o torneio foi uma ótima primeira fase de preparação, mas o objetivo da vaga olímpica nunca se perdeu."

O treinador considera que seu time sai do Rio de Janeiro em evolução no modo de se comportar taticamente em quadra. "Houve um grande esforço do grupo, e eles jogaram coletivamente. A equipe estabeleceu um conjunto tanto defensivo como ofensivo, e isos nos deu muita força."

A seleção terminou o Pan com os melhores índices de ataque da competição - o maior aproveitamento nos arremessos de quadra (52,6 %), nos três pontos (39,8 %) e, mais importante, nos lances livres (79,8 %), que foram um dos pontos deficientes na fracassada campanha do Mundial no ano passado. A pontaria respeitável resultou também na liderança no número de assistências (16,6).

O garrafão brasileiro teve bom aproveitamento ofensivo - Murilo e JP Batista lideraram o ranking de pontaria do Pan, com 69,2 % e 65,2 %, respectivamente - , mas não teve as melhores estatísticas na defesa. A equipe foi a penúltima nos rebotes (35) e nos tocos (1,2). "Precisamos de uma pequena melhora no rebote defensivo", consentiu o treinador.

Lula, porém, reconhece que o Pan não apresenta a melhor condição técnica, principalmente por sua proximidade à Copa América. "O Pan sempre será mais ou menos nesse nível, pois nem todos vão mandar suas principais forças", afirmou. "É uma competição boa, por isso, para se lançar jogadores."

Dentre essas promessas, se destacou o ala Marcus Vinícius, que atuou improvisado como ala-pivô, mas foi importante nos mata-matas devido à energia e ritmo que levou para a quadra.