Chuva aborta softbol, EUA são ouro e ministro pede explicação

Já conturbado desde o início do torneio, o softbol acabou neste sábado sem uma semifinal e sem uma final jogadas. As chuvas no Rio de Janeiro impediram que os campos da Cidade do Rock tivessem condições de abrigar as duas partidas restantes.

O resultado final só saiu com uma decisão do corpo técnico. Os EUA ficaram em primeiro, por uma melhor campanha, e Canadá e Venezula terminaram com a prata. Estes dois ainda jogariam uma semifinal neste sábado.

"O único problema agora é ver se tem o número suficiente de medalhas de prata para distribuir. Se não tiver, vai ser mandada por correio depois", diz Olívio Sawasato, gerente da competição do Comitê Organizador dos Jogos e membro da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol. Sawasato foi responsável pela confirmação do resultado do esporte que tinha como delegado técnico o venezuelano Jesus Oniaga.

O estádio da Cidade do Rock não deu problema apenas para o softbol. O beisebol, na primeira semana dos Jogos, sofreu com a má condição. O torneio teve partidas adiadas mais de uma vez e o mau estado do campo chegou a irritar os jogadores.

Até o ministro do Esporte brasileiro reclamou e pediu explicações da falta de preparo da cidade para abrigar o beisebol e o softbol. Orlando Silva Junior falou que o governo vai querer explicações dos responsáveis. "Sentimos porque é um dos esportes mais importantes para a América, com jogadores de todo o Caribe jogando nas Grandes Ligas. Foi um descaso", afirmou.

O ministro se mostrou preocupado também com o risco que o campo causava para a condição física dos atletas. "É só barro aqui. Como constroem um campo em um terreno pantanoso?", questionou o jogador nicaragüense Jorge Luiz Avellan. "Sou profissional, como arriscar meu joelho nessa lama? Por que não planejaram melhor?", se admirou o dominicano Gerônimo Berroa, que já jogou nas Grandes Ligas dos EUA, pelo Oakland.

A Cidade de Rock parece mostrar o "Pan que deu errado" no Rio. Tanto é que foi citado, neste sábado, por Mario Vasquez Raña, presidente da Odepa (entidade responsável pelos Pan-Americanos). "Perfeito esse Pan não foi, mas foi muito bom. A falha no estádio do beisebol é muito difícil de explicar", disse Raña.

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