A seleção brasileira venceu uma partida tensa contra Porto Rico por 97 a 94, na Arena Multiuso, nesta sexta-feira, e se classificou para a semifinal com a primeira colocação do grupo A do torneio masculino de basquete do Pan.
O Brasil abriu 15 pontos de diferença no primeiro tempo, mas falhou na defesa no terceiro quarto e teve de fazer um quarto período cheio de suspense, jogado cesta a cesta.
O primeiro adversário do mata-mata será o Uruguai, que derrotou o Panamá por 76 a 68 na rodada final do grupo B. o confronto semifinal acontece neste sábado, às 15h (horário de Brasília).
No jogo desta sexta, tanto a equipe brasileira como a porto-riquenha estão desfalcadas de muitos titulares. E o elenco de apoio do time da casa se impôs em relação ao dos caribenhos.
Jogadores pouco conhecidos pelo grande público ofereceram um pouco de seu potencial. Foi o caso
do pivô Caio Torres e do ala-pivô Marcus Vinícius e, em especial,
do ala Marquinhos - este último é atleta do New Orleans Hornets, da NBA, mas nunca havia jogado pela seleção adulta. O ala marcou 19 pontos, quatro deles nos últimos dois minutos. O cestinha foi o ala-armador Marcelinho Machado, com 25 pontos.
O jogoBrasil e Porto Rico impuseram forte ritmo à partida desde o início, com muitos contra-ataques puxados. A correria foi forçada principalmente pelo armador José Juan Barea, dos Mavericks. E Valtinho e seus companheiros aceitaram.
Marcelinho Machado foi um dos que gostou da aceleração. Nos primeiros dois lances, mostrou que estava um pouco mais entusiasmado com seu arremesso. Na véspera, ele havia dito que estava com outra mentalidade no jogo, buscando reduzir suas tentativas. Nas duas primeiras posses de bola, ele buscou a cesta e errou em ambas. Aos poucos, porém, a bola começou a cair, e sua confiança aumentou.
Depois de um primeiro tempo equilibrado, vencido pela seleção por 23 a 19, os reservas brasileiros deram ainda mais ritmo para o time, e o quarto terminou já em 56 a 41. Os dois times tiveram aproveitamento nos arremessos acima da média, mas a seleção conseguiu se distanciar no placar ao forçar mais erros nas posses de bola rivais.
Caio Torres e Marcus Vinícius, dois jogadores da safra seguinte à de Anderson Varejão, Nenê e Leandrinho, foram muito importantes na construção dessa vantagem. Os dois entraram em quadra com muita energia, selaram os rebotes e pararam os pivôs rivais.
No terceiro quarto, com a dupla no banco, Porto Rico se acertou em quadra e aproveitou uma série de arremessos de longa distância com liberdade. O time fez cestas em quatro ataques seguidos e se aproximou em 73 a 69 a 1min09s do fim, forçando o técnico Lula a pedir tempo.
Porto Rico passou à frente com dois minutos no quarto período, fazendo 76 a 75. A seleção conseguiu retomar a liderança com bom rendimento de Marquinhos e Machado.
Mas os caribenhos lutaram até o fim. Uma bola de três pontos do ala Ricky Sanchez a nove segundos do fim colocou o placar em 96 a 94 e deixou a partida com um suspense maior.
No penúltimo ataque do time, Nezinho sofreu falta e foi para a linha de lances livres. Errou o primeiro, mas fez o segundo.
*atualizada às 23h41 
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