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27/07/2007 - 18h46

Revelações foram "fundamentais" na vitória, diz Lula

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O ala-armador Marcelinho Machado e Marquinhos foram os heróis da vitória brasileira em cima de Porto Rico. Mas o pivô Caio Torres, 20, e o ala Marcus Vinícius, 21, é que foram "fundamentais" para o resultado, segundo o técnico Lula Ferreira.

Depois de uma estréia apática, o ala Marquinhos encontrou seu ritmo de jogo no Pan e aos poucos exibe para a torcida os fundamentos que o levaram à condição de atleta da NBA.

Nesta sexta-feira, o ala do New Orleans Hornets marcou 19 pontos no triunfo contra Porto Rico - quatro deles nos momentos decisivos - e ajudou a tirar um peso excessivo das costas de Marcelinho Machado.

"A cada jogo eu tenho evoluído, é algo que vem passo a passo. Cheguei de última hora e tive de aprender umas cinco ou seis jogadas da equipe", afirmou Marquinhos, que interrompeu a preparação com a seleção no início do mês para viajar a Las Vegas e disputar uma liga de verão por sua equipe.
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Se os dois titulares carregaram o ataque da seleção nos momentos decisivos, as duas revelações se dedicaram ao 'trabalho sujo' e, não por coincidência, estavam em quadra quando a equipe conseguiu abrir 15 pontos de vantagem ao final do primeiro tempo.

"Eles foram fundamentais no segundo período e falei isso paro o grupo no intervalo. Cumpriram a função que esperávamos", afirmou o técnico Lula Ferreira. "Eles deram mais saúde para o nosso time", disse o assistente Guerrinha.

Caio ficou em quadra por 18min58s e somou dez pontos e cinco rebotes. "Ele entrou muito bem em um momento importante. Tive de tirar o João Paulo [Batista, pivô titular] de quadra com duas faltas, mas o Caio deu uma regularidade na defesa e segurou os pivôs adversários", disse Lula.

Já Marcus jogou por 9min33s e somou sete pontos e dois rebotes. E nesse pouco tempo ele deu vigor físico à equipe com sua atuação enérgica - correu por toda a quadra, voou para rebotes e tocos. Tudo isso atuando improvisado. "Ele está quebrando um galho para nós para revezar na posição quatro. Era para ser o Rafael [Hettsheimeir, cortado] nesta função, mas ele se contundiu. O Marcus é um jogador muito intenso e sua estrutura física permite que ele possa ser usado desta forma", afirmou o treinador.

Os dois jogadores, de uma geração posterior à de Anderson Varejão, Leandrinho e Nenê, estão no basquete espanhol há três temporadas. Caio é jogador do Estudiantes, equipe da primeira divisão que tem tradição no desenvolvimento de jovens talentos. Já Marcus atuou pelo Tarragona, da segunda divisão do país.