O retorno de Valtinho à seleção brasileira, após quatro anos de ausência, foi precedido de uma notícia ingrata para o armador: a dissolução do time Uberlândia, que defendia desde 2002.
A equipe mineira é mais uma a quebrar no basquete nacional. O atleta tomou conhecimento da novidade há cerca de cinco dias. "Sorte que já tem esse tempo que eu fiquei sabendo. Fiquei muito triste. Agora é esperar para ver o que vai acontecer depois do Pan. Já conversei com minha mulher, e está tudo bem."
Ao menos por um dia o armador aparentou deixar a preocupação com seu futuro de lado. Nesta quarta-feira, ele marcou 15 pontos, deu oito assistências e trouxe estabilidade à seleção na vitória por 86 a 81 em cima das Ilhas Virgens.
"É um grande prazer tê-lo de volta à seleção. Ele retornou para satisfação de todos, já que é uma unanimidade. Quietinho do jeito dele, faz tudo o que deve ser feito", afirmou o técnico Lula Ferreira.
Para o treinador, o armador não deve nem perder tempo com qualquer inquietação sobre a continuidade de sua carreira. "O Valtinho não vai ter o menor problema para arranjar um novo clube. Ele ficou triste por perder uma praça importante do basquete no país, mas não vai faltar proposta."
A redução do número de erros da equipe é a maior preocupação de Lula. O time cometeu 17 nesta quarta, cinco a mais do que o limite desejado pelo treinador.
Valtinho jogou por 32min04s e cometeu apenas um desperdício de posse de bola. Já os outros jogadores que dividiram a função - Marcelinho Huertas e Nezinho - tiveram problema para lidar com a marcação de pressão do time caribenho e foram desarmados no meio da quadra em lances que originaram contra-ataque e cestas fáceis para os rivais. Huertas cometeu quatro violações e Murilo outra quatro.
BRASIL TEM VITÓRIA COMPLICADA
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