Josiane Tito, que havia sido a mais rápida nas semifinais dos 800 m, nesta segunda-feira, conseguiu apenas um quinto lugar na final da prova, disputada nesta terça, no estádio João Havelange, o Engenhão.
A brasileira saiu da prova muito chateada, e reclamou muito das rivais. "Não sou uma pessoa de violência, mas essas meninas batem muito. Não dá para correr levando cotoveladas e chutes", disse Josiane, que também cobrou uma atitude da organização da prova.
"Os árbitros estão na pista, eles vêem o que acontece. Se não atuam, é porque não querem. A colombiana, a canadense, a cubana, todas batem muito. Espero que as autoridades tomem alguma providência", reclamou a brasileira. Apesar disso, ela não ficou descontente com a posição final.
Josiane largou e bem e chegou a brigar por um terceiro lugar nos primeiros metros, mas logo perdeu força e caiu para quinto. Correndo na raia de fora, Josiane ainda tentou uma ultrapassagem na volta final, mas não conseguiu alcançar as rivais. Ela havia feito 2min01s28 na semi, sua melhor marca pessoal. Na final, piorou um pouco seu resultado, registrando 2min01s41.
O ouro ficou com a canadense Diane Cummins, com 1min59s75. A prata foi para a colombiana Rosibel Garcia Mena, com 2min00s02. O bronze foi para Cuba, com Zulia Calatayud, com 2min00s34. As três primeiras colocadas fizeram seu melhor resultado nesta temporada.
"Quando tentei a arrancada, as primeiras já estavam longe. No geral, meu desempenho não foi ruim, o resultado em si não foi ruim. Esse tempo de hoje é apenas alguns centésimos a mais do que havia conseguido na primeira corrida", minimizou. "Não peguei o ritmo da prova, não entendi a estratégia das outras."
A canadense Diane Cummins, que passou a maior parte da corrida entre as últimas e surpreendeu com um forte sprint final, concordou com a brasileira. "Essa prova tem muito empurrão, muito soco mesmo, mas é sempre assim", afirmou Diane.
"Seria ótimo se os árbitros atuassem de verdade e parassem com isso, porque tornaria a prova muito mais justa. Mas foi pensando nisso que pensei a minha estratégia", justificou a vencedora. "Treinei muito para dar certo. Comecei atrás, vi como elas se bateram o tempo todo, guardei fôlego, e dei tudo no fim. Deu certo", sorriu Diane, que entrou na área de imprensa elogiando o Brasil aos jornalistas.
"Você é brasileira? Parabéns, esse país é lindo, estou honrada de ter competido aqui. Essa torcida é maravilhosa", derreteu-se a canadense.