UOL Esporte - Pan 2007
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10/07/2007 - 13h43

Após fim de tapetão, Linschoten completa equipe da esgrima

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O paranaense Fernando Linschoten chega nesta terça-feira à Vila Pan-Americana para ficar. O esgrimista da prova de espadas aguardava com ansiedade o desfecho da ação judicial que Roberto Lazzarini moveu contra a CBE (Confederação Brasileira de Esgrima) em contestação às seletivas da modalidade.

O esgrimista Ivan Schwantes, 27, sofreu uma perfuração pulmonar em treinamento da seleção brasileira nesta segunda-feira e ainda aguarda uma definição médica para saber se vai competir no Pan.

A lesão de Ivan veio em um golpe durante atividade com seu irmão Ahtos, também da equipe que está no Rio de Janeiro. A espada quebrou no momento do ataque, e o toque aconteceu na axila direita.
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O veterano atleta foi eliminado da seleção permanente ao falhar em cumprir um teste de resistência física, que Fernando completou. Por isso, foi ao tapetão para tentar assegurar sua vaga no Pan. Mas a liminar que tinha a seu favor foi cancelada nesta segunda.

Linschoten, então, vai enfim poder deixar sua residência no bairro da Urca - onde treina com os irmãos Ivan e Ahtos Schwantes - para conhecer e se instalar na Vila. Para tanto, o chefe da delegação Giocondo Cabral já separou uma camiseta e uma bermuda do uniforme oficial brasileiro para sua entrada no loca.

"Minha mala já está lá. Ainda nem vi como estão as coisas, mas não vejo a hora de me integrar à equipe", afirmou. "Eu estava de mãos atadas aguardando uma decisão. Fiquei tranqüilo com o tempo, mas no dia seguinte ao que ele entrou com ação eu começara a pensar que poderia ficar fora do Pan."

O teste que assegurou a vaga para o atleta consiste em uma corrida de 12 minutos na qual os homens devem completar 3.000 m e as mulheres, 2.600 m. Essa exigência está longe de ser unanimidade no grupo. Mesmo o próprio esgrimista não o considera completamente válido.

"Já sabíamos que haveria esse teste há cinco anos, e eram essas as regras, apesar de eu não concordar em ser um fator eliminatório", disse.

Para ele, a justificativa para a corrida poderia ser uma maneira de a confederação forçar ao máximo a preparação física de seus atletas como fator compensatório. "Talvez eles queiram nos equilibrar com os outros adversários no preparo físico, já que tecnicamente nós podemos ser inferiores."