Zanetti confirma o favoritismo e ganha o ouro que estava engasgado

Fábio Aleixo

Do UOL, em Toronto

Arthur Zanetti viajou ao Canadá com um objetivo claro. Conquistar o título nas argolas nos Jogos Pan-Americanos e colocar em sua galeria o único ouro que faltava em sua carreira - ele já tem um título mundial e um olímpico. E, como esperado, o brasileiro deixou o Coliseu de Toronto com o ouro das argolas pendurado no pescoço.

.O título havia escapado em Guadalajara-MEX. Há quatro anos, em sua primeira aparição em um Pan, ele terminou na segunda colocação. Mas nesta terça-feira, o atleta de 25 anos anotou 15,725 pontos em sua apresentação e não deu chances aos seus concorrentes. Quem chegou mais perto de Zanetti foi o americano Donell Whittenburg, com 15,525.

"Com certeza (estava engasgado). Era um resultado que queria demais ter e não consegui em 2011, e agora veio. Então é só comemorar. Estou muito feliz porque era um resultado que faltava e quando você quer demais uma coisa, se cobra muito", disse o novo campeão do Pan,

O sorriso estampado no rosto durante a cerimônia de premiação mostrava a felicidade do ginasta que explicou que ao subir no pódio o atleta entende que foi o campeão. Ele ainda ressaltou a presença da torcida brasileira que apoiou durante toda a apresentação e que antes mesmo do término da série já estava aplaudindo.

A pontuação obtida pelo brasileiro ficou um pouco distante da melhor de sua carreira, que é de 16,050 e foi alcançada no último mês de maio, durante a disputa da Copa do Mundo de São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera. Por ter feito o melhor resultado na eliminatória, Zanetti foi o último a se apresentar, já sabendo o resultado de todos os adversários. Tranquilo, executou os seus movimentos com precisão e arrancou aplausos entusiasmados do público canadense.

"Não foi das melhoras séries, principlamnete o último giro. A argola dançou de um lado para o outro e acabou entortando, mas consegui corrigir. Ganhei o ouro, e isso é o que importa", afirmou o Zanetti, que teve pontuação menor do que a obtida na classificação, quando fez 15,800.

O brasileiro também mostrou surpresa com o nível da competição em Toronto.

"Qualquer competição tem de ser levada a sério, não importa se é Pan ou Estadual. Ache o nível muito alto, me surpreendi. Achei que estaria mais tranquilo", revelou.

Depois da cerimônia houve muito assédio sobre o campeão. Torcedores brasileiros e de outros países correram junto a cerca que separa da área de competição para tirar fotos do ginasta. Zanetti estava tão feliz que nem foi preciso esforço para sorrir. Na sequência, as pessoas colocaram as mãos pelos vãos da grade e o atleta cumprimentou a todos.


Daniele vê medalha escapar por 0,025 e brasileiros vão mal no cavalo

Por muito pouco, Daniele Hypolito não colocou a 11ª medalha pan-americana no seu currículo. Também nesta terça-feira, a ginasta ficou em quarto lutar na prova de salto sobre a mesa do Pan de Toronto. Ela deixou de ir ao pódio por uma diferença mínima: apenas 0,025 ponto a separou da terceira colocada, a canadense Ellie Black.

A campeã pan-americana foi a cubana Marcia Videux Jimenez, que conseguiu 14,737 pontos. A dominicana Yamilet Peña Abreu foi a segunda colocada, com 14,250 pontos. Black garantiu o seu bronze com 14,087. Daniele dividiu a quarta colocação com a canadense Maegan Chant ao marcar 14,062.

Nas outras provas já realizadas nesta terça, o Brasil também não conseguiu medalhas. Arthur Nory foi o quinto colocado no solo, enquanto Francisco Barreto e Lucas Bittencourt ficaram em sexto e oitavo, respectivamente, no cavalo com alças.

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