Meca turística no Caribe, Aruba busca 1ª medalha
Território autônomo da Holanda, Aruba povoa os sonhos de muitos viajantes com suas praias paradisíacas, sol constante, cassinos, hotéis luxuosos e drinques coloridos. Até Carnaval a ilha tem.
A festa realizada em fevereiro tem influência de várias culturas, incluindo, é claro, a brasileira. Mas também a dos vários povos que habitam o local: mais de quarenta nacionalidades são encontradas em Aruba. A herança indígena, a influência latino-americana e a colonização européia contribuem para o caldeirão multicultural.
Com mais de 1,5 milhão de turistas por ano (75% deles norte-americanos), a economia da ilha gira em torno deste mercado, que beneficia outros setores, como a construção civil. O desenvolvimento do turismo veio com a crise no refinamento do petróleo.
A instalação da refinaria norte-americana Standard Oil em 1920 levou a economia a um novo patamar, depois dos ciclos do ouro, descoberto em 1824, e do aloé, que se desenvolveu bem no árido terreno arubano, a partir de 1850.
Em 1985, a companhia interrompeu suas atividades na ilha. Para resolver o problema do desemprego, a solução foi desenvolver o turismo. A reabertura da refinaria ocorreu em 1991, gerando novamente empregos e estimulando o crescimento de um dos territórios mais prósperos do Caribe.
No entanto, a terra do sol também tem um lado nebuloso. Por sua proximidade com a Colômbia, a ilha virou rota de tráfico de drogas, imigração ilegal e lavagem de dinheiro, que teria sido fonte de recursos para a construção de hotéis e cassinos.
A defesa e as relações internacionais da ilha estão sob responsabilidade do governo da Holanda, mas as questões internas ficam a cargo do governo local. A independência tem sido amplamente debatida, e começou, de certa forma, com a separação da vizinha Antilhas Holandesas, em 1986.
Sem nunca ter conquistado uma medalha nos Jogos Pan-Americanos, Aruba começa a ganhar terreno em algumas modalidades, como o nado sincronizado, uma das primeiras nas quais o país conseguiu se classificar para os Jogos do Rio de Janeiro. As jovens atletas irão debutar na disputa de dueto e equipe.
Aruba também já tem lugar no ciclismo, modalidade BMX (bicicross), que faz sua estréia no Pan e também foi incluída no programa olímpico de Pequim-2008. O melhor atleta é Bryan Elisabeth, 55º colocado no ranking da UCI (União Internacional de Ciclismo).
O país pode ainda entrar na briga no taekwondo, com Moises Fernandez. O atleta já lutou até com o brasileiro Diogo Silva, no torneio continental realizado na Argentina, em novembro do ano passado. Diogo terminou em quarto lugar na categoria até 68 kg, e Aruba terminou em último lugar entre os 18 participantes.