Data e local de nascimento:
09/05/1984, em Maringá (PR)
Peso/Altura:
69 kg / 1,78 m
Residência:
Londrina (PR)
Categoria:
Acima de 67 kg
Participações no Pan:
Rio-2007
Campanha no Pan do Rio:
Medalha de prata
Natália Falavigna
A brasileira Natália Falavigna teve a oportunidade de ir à forra contra a mexicana Rosário Espinoza. As duas atletas venceram as semifinais do torneio feminino de taekwondo e se enfrentaram na decisão da medalha de ouro na categoria acima de 67 kg da modalidade nos Jogos Pan-Americanos.
A poucos meses de seu primeiro Pan, no entanto, Natália teve a soberania abalada ao perder o bicampeonato para Espinoza. Com o bronze, a brasileira levantou dúvidas sobre seu favoritismo nos Jogos do Rio. Na tentavia de revanche contra a mexicana, Falavigna levou perdeu de Espinoza, ficando com medalha de prata no Pan-Americano.
Aos quatro anos, quando viu o judoca Aurélio Miguel conquistar o ouro em Seul-88, Natália Falavigna já tinha uma certeza: queria ser campeã também, embora não soubesse ainda em que modalidade. Chegou a praticar handebol, mas, como não via progressão nos treinos, acabou trocando a modalidade pelo taekwondo.
Em 1998, foi convidada por uma amiga para participar de uns treinos. Gostou tanto que, ao voltar para casa, disse à mãe que já sabia o que queria fazer para o resto da vida. O técnico da academia observou seu potencial e prometeu que, se ela se dedicasse ao esporte, em dois anos, se tornaria campeã mundial. E foi isso o que aconteceu.
Em 2000, a atleta paranaense participou de sua primeira competição internacional, o Campeonato Mundial Júnior, na Irlanda, e acabou subindo no lugar mais alto do pódio. Aos 16 anos, Natália tornou-se a primeira brasileira a conquistar um Mundial da modalidade.
A partir de então, não parou mais de conquistar títulos. Das 11 competições internacionais de que participou, Falavigna subiu ao pódio em nove ocasiões. Em 2003, no entanto, uma depressão quase a afastou do taekwondo. Sempre visando se transformar em uma atleta de ponta, começou a praticar tênis, ameaçando migrar para este esporte.
Ainda naquele ano, mesmo desacreditada, resolveu jogar suas últimas fichas no taekwondo e partiu para disputar a Universíade. Uma medalha de prata reanimou a lutadora a voltar a treinar com afinco a modalidade que a projetou.
Perfeccionista e sem adversárias à altura no país, Natália passou a treinar com homens e, no ano seguinte, foi à sua primeira Olimpíada, em Atenas-04. A cinco dias de sua primeira luta nas Olimpíadas, ela fraturou um osso do pé durante um treino com Diogo Silva. No sacrifício, perdeu a chance de pódio e ficou em quarto lugar.
No ano seguinte, Natália se firmou como o principal nome da modalidade no país ao conquistar o Campeonato Mundial, na Espanha, mais um marco inédito na história do taekwondo brasileiro.