Data e local de nascimento:
27/06/1970, em Lages (SC)
Peso/Altura:
87 kg / 1,83 m
Residência:
Rio de Janeiro (RJ)
Prova:
Quatro sem e oito com
Participações no Pan:
Mar del Plata-1995, Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Sexto lugar e Medalha de prata
Gibran Cunha
Gibran é um dos atletas brasileiros do remo que mais competiu em Jogos Pan-Americanos. No total foram quatro edições em que o atleta conquistou três medalhas (uma de ouro,duas de prata e uma de bronze). A mais nova foi a segunda prata, que conquistou na competição do oito com, no último dia de competições.
Mas nem sempre ele foi apaixonado pelo remo. Praticou bicicross e surfe até os 16 anos. Foi precisamente em 1985 que ele começou a se interessar pelo esporte, porém o próprio Gibran classifica essa fase como uma curtição. "Eu ia um mês depois não ia mais. Comecei a levar a sério mesmo em 1987". Foi neste ano que ele começou a treinar diariamente e o resultado não demorou a chegar. Apenas um ano e ele já era campeão brasileiro da modalidade.
"Todo mundo me falava que era um resultado precoce". Talvez por isso, Gibran investiu cada vez mais tempo remando. E mais uma vez o atleta conseguiu um bom retorno: a convocação para a seleção brasileira que disputaria o Pan de 1995, em Mar del Plata.
Na Argentina conseguiu o quarto lugar no skiff quádruplo, mas foi em 1999, no Pan de Winnipeg que ele passou por uma experiência que beira entre o emocionante e o trágico. Na disputa do dois sem o barco brasileiro e o argentino chegaram praticamente juntos. "Demoraram uma meia hora para nos dar o resultado final", lembra. E mesmo assim Gibran não aceitava a prata que lhe diziam queriam premiar. "Eu achava que eles queriam dar para a Argentina", conta o atleta que disse já ter passado por alguns apertos no país dos "hermanos" como receber um barco furado para competir. Mas com a foto da chegada, Gibran sossegou e se contentou com a prata.
Também foi em 1999 que ele passou por uma situação desesperadora. O barco do oito com disputava o ouro com a embarcação norte-americana quando um dos atletas brasileiros prendeu o remo no fundo e acabou atrapalhando toda a equipe, que acabou ficando em último lugar.
Mesmo assim, em 2003, na sua terceira participação no Pan ele foi competir como o favorito. Porém isso acabou por prejudicar o remador: "Parecia que ia ser mais fácil. Essa história de favoritismo só atrapalha". E atrapalhou mesmo. A dupla que, teoricamente, ia ganhar o ouro, ficou com a prata.
Para 2007, ele acreditava que poderia manter o ritmo e conquistar, pelo menos, uma medalha. Por isso, ele mesmo fez a escala de como sairia dependendo da medalha que conquistasse: "Se eu conquistar o ouro, saio radiante. Se for a prata vou ficar feliz e se sair o bronze ainda ponho um sorrisinho no rosto".
A média foi razoável. Gibran ganhou a medalha de prata no oito com, mas acabou ficando em último no quatro sem, ficando a 15s42 dos primeiros colocados, os argentinos.