Data e local de nascimento:
04/06/1987, Brasília (DF)
Peso/Altura:
52 kg / 1,62 m
Residência:
Belo Horizonte (MG)
Categoria:
Meio-leve, até 52 kg
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Medalha de prata
Érika Miranda
Aos 20 anos, Érika Miranda terminou o Pan com mais pretígio do que chegou. A vencedora de duas etapas da Copa do Mundo de judô, na Áustria e no Brasil, este ano, conquistou a medalha de prata em uma luta polêmica que terminou com a decisão do árbitro.
Ela, porém, não gostava de lutar no início. "No começo, eu achava muito chato. Eu fazia duas vezes por semana e tinha vezes que eu faltava as duas. Meus irmãos faziam e aí eu comecei a gostar", relembra.
"Primeiro, eu achava que ia ser uma negação. Eu apanhava muito, muito. E pensava: "caramba, como eu apanho". Apanhei tanto que acho que fiquei forte", diz Érika morando e treinando em Belo Horizonte.
A judoca parece ter ficado forte mesmo. Nas disputas da Copa do Mundo, ela derrotou a vice-campeã olímpica e mundial, a francesa Frédérique Jossinet e veio credenciada a uma medalha no Pan.
Mesmo assim, ela sentia que faltava para chegar ao melhor nível no Rio. "Falta melhorar o condicionamento físico e corrigir detalhes na parte técnica. Eu treino todos os dias. Na maioria dos dias, treino na hora do almoço, à tarde e à noite. No final de semana, descanso com uma corridinha", relatou antes de ir para o Rio de Janeiro.
Érika afirma que só acreditou que poderia dar certo no judô quando foi campeã brasileira pela primeira vez, em 2003, na categoria juvenil. "Fui convidada para fazer a seletiva da equipe sênior. Nem esperava passar. Eu fiquei muito surpresa. Eu estava na seleção júnior e na seleção sênior", conta.
Assim como Luciano Corrêa, que disputou a categoria meio-pesado no Pan, a judoca também veio de Brasília. Sempre que pôde voltava à sua terra natal para ver os pais. A carência na capital mineira só foi amenizada quando seu irmão chegou. "Recentemente, meu irmão veio para cá, para treinar. Ele sempre foi louco e apaixonado por judô. Eu é que era muito preguiçosa. Até pegar e treinar todos os dias, eu demorei", diz.
No Pan do Rio, porém, ela quis toda a família na torcida: "Eu amo lutar no Brasil. A torcida apóia muito. Indiferentemente de cobrar, ela está apoiando. Meus pais vão estar lá para me ver competir" contou. Mesmo sem a cobrança dos pais no tatame e já com a medalha de prata, ela sofre com a da mãe para que ela termine a faculdade. "Quando eu vim para Belo Horizonte, eu comecei. Mas parei. Eu acho que atrapalha os treinamentos. Agora, minha mãe me mandou.