Data e local de nascimento:
03/01/84, Registro (SP)
Peso/Altura:
63 kg/ 1,60m
Residência:
São Paulo (SP)
Categoria:
Meio-médio, até 63 kg
Participações no Pan:
Rio-2007
Campanha no Pan-2007:
Medalha de prata até 63 kg
Danielli Yuri
Danielli Yuri foi escolhida para representar o Brasil no peso meio-médio depois de uma das mais dramáticas decisões da comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô. E provou no tatame que a seleção fez a escolha certa depois da prata no Pan-Americano do Rio.
Ouro no Pan de 1999, a experiente e respeitada Vânia Ishii foi preterida pela jovem Danielli, que recém saiu da categoria júnior. Em 2006, ela despontou como a nova promessa e ganhou o Troféu Brasil e o Grand Prix Nacional - duas das maiores competições do esporte no Brasil.
Nas competições que serviram de seletiva, a "novata" fez mais pontos que Vânia, que sofreu por causa de uma lombalgia, prejudicando-a nas lutas. A técnica da seleção feminina, Rosicléia Campos, pouco acreditava no desempenho de Danielli, mas ela mostrou que tem cacife para representar o Brasil. Na época, a treinadora afirmava: "Ela é supernova e nunca tinha viajado com a seleção".
Na etapa da Copa do Mundo de Belo Horizonte, em maio, Danielle confirmou sua vitória ao derrotar Vânia nas eliminatórias. Até Rosicléia reconheceu seu esforço: "No meio-médio, Danielli Yuri ganhou da Vânia [Ishii] de golpe grande, o que dá ajuda para ela, mas não é determinante. Vi a Vânia chorando, mas é uma decisão que será tomada durante a semana".
Na decisão da competição, a paulista perdeu para a supercampeã Driullis Gonzalez, de Cuba, sua rival na final do Pan. A atleta caribenha tem uma medalha de bronze em Barcelona (1992) e Atenas (2004), uma de prata em Sydney (2000) e ouro em Atlanta (1996). Para completar, é bicampeã pan-americana e foi considerada a melhor esportista de Cuba em 1995, 1996 e 1998.
Apesar da "pedreira" que enfrentará pela frente, Danielli esperava surpreender a cubana. "Vou buscar agora treinar mais com atletas canhotas para poder surpreender a cubana Gonzalez", dizia ela quando soube que ficaria com a vaga no Pan. "Chorei muito quando ouvi meu nome. A primeira coisa que fiz, em seguida, foi ligar para a minha família, no Japão", afirmava ela que mora com amigas.