Data e local de nascimento:
25/01/1985, em Cascavel (PR)
Peso/Altura:
82 kg/ 1,83 m
Residência:
São Paulo (SP)
Categoria:
K-2 500 m e K-4 1000 m
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Desempenho no Pan do Rio:
Medalha de ouro no K-4 1000 m 4º lugar no K-2 500 m
Roberto Maehler
Ao lado de Sebastian Cuattrin, Edson Silva e Guto Campos, Roberto Maehler conquistou a medalha de ouro no K-4 1000 m. Foi a segunda vez que atletas brasileiros conseguiram a premiação máxima na história dos Jogos Pan-Americanos.
Juntamente com Guto Campos, Maehler ficou com o bronze na categoria K-2 500 m. Os dois terminaram na quarta colocação, mas foram beneficiados pela eliminação da equipe cubana, cujo caiaque não atingiu o peso mínimo na checagem.
Roberto começou na canoagem porque queria nadar. Na época, fazia atletismo. Mas vendo o pessoal remando e entrando no lago, ficava com vontade de entrar também, mas era proibido. "Como faz muito calor em Cascavel, também queria entrar na água, mas não para remar, e sim, por que queria nadar". Para resolver o problema se inscreveu nas aulas e passou a praticar a canoagem.
No ano seguinte, recebeu o convite para morar na concentração e treinar com outros atletas. "A canoagem me trouxe estrutura de vida. Eu recebia lugar para dormir e comer, e, em troca, eu remava". No ano de 2001 venceu o Campeonato Sul-Americano da modalidade, e recebeu o convite para integrar a seleção permanente. Por problemas com o técnico, recusou o convite.
"Quando o Pedro Senna (técnico da seleção masculina) veio, tive outra oportunidade para integrar a seleção". Desta vez, Roberto não recusou. A decepção com o esporte veio em 2006, durante a primeira seletiva para compor a equipe que poderia participar do Pan. Ficou em quarto lugar e perdeu a chance de disputar uma vaga, já que só os três primeiros se classificavam.
Segundo Roberto, esta foi a parte mais difícil. "Não tinha apoio. Precisei treinar sozinho para tentar a vaga na segunda seletiva", comenta o atleta, que diz ter ficado sem estrutura financeira e material para praticar. "Além disso, perdi a chance de viajar com o pessoal e somar experiência".
Em abril de 2007 conseguiu a classificação para o Pan. "De janeiro até o mês das eliminatórias foi muito difícil para mim. Era o momento de treinar. Tive que me superar a cada dia, precisava provar que era bom".
Entre as principais dificuldades, está o alto custo do material. "Nunca tive meu material, sempre peguei emprestado". Em 2006, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) ofereceu um remo para o atleta. "Foi a primeira vez que tive material próprio. Enquanto estiver na seleção, o remo é meu", conta orgulhoso.
Assim como a maioria dos atletas da seleção de canoagem do Pan, Roberto cursa educação física. O atletismo ainda faz parte de sua vida, já que defende a faculdade que estuda nos Jogos Universitários. "Gosto do revezamento e das provas longas, como os 800 m".