A queda de Rafael Andrade e erro no final de Carlos Pala, que pisou fora da área de competição após encerrar seu número, deixaram o Brasil longe do pódio no trampolim acrobático do Pan carioca, povoado por dois norte-americanos (o ouro para Chris Estrada e o bronze para Ryan Weston) e um canandense (o prata Jason Burnett).
"Rafael estava alterado, não teve equilíbrio emocional. O Carlos se desconcentrou no final de sua série e deixou escapar o bronze. Foi um relaxamento após uma ótima apresentação."
Assim definiu Vicélia Florenzano (presidente da CBG, a Confederação Brasileira de Ginástica) a participação dos homens nacionais na modalidade que estréia em um Pan-Americano, mas que precisa se popularizar para se garantir na programação de Guadalajara-2011 - no Rio competiram só EUA, Canadá, México, Argentina e Brasil, mas Cuba, Porto Rico e Venezuela devem se somar para a próxima edição continental.
No Brasil também ele precisa de mais apoio. Tanto é assim que a equipe que se preparou no centro de treinamento da confederação em Curitiba vai ser desmobilizada. "Cada um vai para o seu clube. Não temos dinheiro para ser uma coisa permanente. Nosso planejamento é sempre a curto prazo", sentenciou a dirigente.
Rafael Andrade retorna para o Rio Grande do Sul e o Ulbra, enquanto Carlos Pala volta para o Minas Tênis Clube. Desde o começo do ano, eles estavam na capital paranaense, treinando e estudando. Um deles só volta para lá se conseguir a classificação olímpica, que será definida no Mundial do Canadá, em novembro.
A equipe do esporte da cama elástica recebeu patrocínio da Caixa Econômica Federal, o mesmo das celebradas e premiadas garotas da ginástica artística. "Mas nosso dinheiro é ainda curto. Não dá para manter o time", afirmou Florenzano. A aposta da confederação foi no massculino, mas quem conseguiu o pódio foi o feminino, com o bronze de Giovanna Matheus.
ENTENDA O TRAMPOLIM
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