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26/07/2007 - 09h16

Brasil e Venezuela fazem embate psicológico antes da semifinal

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O Brasil diz que não busca revanche. A Venezuela joga todo o favoritismo para os brasileiros. Assim, as duas seleções fazem um embate psicológico antes da semifinal do torneio masculino de vôlei dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Silvio Ávila/Divulgação
O técnico Bernardinho no treino desta quinta-feira: "vingança contra nós mesmos"
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A partida entre Brasil e Venezuela acontecerá às 22h desta sexta-feira, no ginásio do Maracanãzinho. Mas a guerra de nervos já começou. E a base é a vitória dos venezuelanos sobre os brasileiros nas semifinais do Pan de 2003, em Santo Domingo.

O técnico da Venezuela, o brasileiro Ricardo Navajas, afirmou que a sua equipe entrará em quadra sem a obrigação de vencer porque depois do título na República Dominicana o vôlei venezuelano recebeu pouca atenção.

"Jogar com o Brasil sempre é muito difícil. Com certeza é o melhor time do mundo. Depois de ganhar o Pan não se investiu mais nada no vôlei venezuelano. Os jogadores ficaram sem comissão técnica, sem apoio nenhum. Se tivesse continuado um trabalho depois daquele jogo seria uma partida mais equilibrada (na próxima sexta)", lamentou Navajas, que assumiu o time a menos de dois meses.

O treinador, entretanto, acredita que sua equipe tem condições de surpreender o Brasil e alcançar a final do Pan pela segunda vez consecutiva.

"Se existe uma chance de vencer, vamos tentar. Existe uma chance mínima e vamos trabalhar em cima dela. Como aconteceu no Pan passado", afirmou Navajas.

Do lado do Brasil, o discurso quase unânime é que não existe um sentimento de revanche. O objetivo da equipe é vencer para buscar o ouro no Pan, algo que o Brasil não vê no vôlei masculino desde os Jogos de Caracas-1983.

"Sempre vão falar de revanche, mas não tem isso. Já ganhamos deles outras vezes", disse o ponteiro Dante. "A gente quer ganhar o Pan. Vingança tem que ser contra nós mesmos, que não fizemos a nossa parte", completou o técnico Bernardinho.

Uma das poucas vozes discordantes é do meio-de-rede Gustavo. Para ele, o jogo terá sim um sabor de vingança. "Um gostinho não, um gostão", disse o jogador, um dos líderes da equipe.