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21/07/2007 - 01h07

Gigante Isis é comparada à Xuxa e vira xodó da torcida

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A pivô Isis foi uma das reservas que o técnico Barbosa não usou na partida de estréia do Brasil contra a Jamaica, mas mesmo assim já é uma das favoritas da torcida brasileira nos Jogos Pan-Americanos.

ENTERRADA PODE SER A NOVA ATRAÇÃO DO BRASIL NO PAN
A enterrada é uma jogada pouco comum no basquete feminino. E a seleção brasileira pode apresentar essa novidade no Pan-Americano com a pivô Ísis, 24 anos e 2,02 m de altura. A estréia contra a Jamaica, nesta sexta, às 22 h na Arena Multiuso será a primeira oportunidade.

Jogadora mais alta da equipe por nove centímetros em relação à segunda (Mamá, 1,93 m), Ísis possui mobilidade e capacidade atlética para subir com a bola direto para a cesta. Um lance que ela ensaiou nos treinamentos de preparação para o Pan. "Ela enterra fácil", afirma o técnico Antônio Carlos Barbosa.
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A partir do segundo tempo da vitória por 81 a 69, parte do público das cadeiras inferiores ensaiou gritos de "Xuxa". Mas a apresentadora da Rede Globo não estava na Arena Multiuso. Os gritos, na verdade, eram direcionados para a pivô de 2,02 - uma das apostas do técnico Barbosa.

À medida que os outros torcedores foram entendendo, a brincadeira foi se espalhando e ganhando o ginásio. Ao todo, os espectadores usaram oito cânticos diferentes para saudar a jogadora de 23 anos. Entre eles, se destacaram: "Aaah, Xuxa é melhor que Oscar (no mesmo ritmo dos flamenguistas para Obina e Eto'o)" e "Se a Xuxa não entrar, olé, olê, olá, eu vou chorar". Eles cantaram ainda a música Ilariê, grande clássico da apresentadora infantil.

"Fiquei muito feliz e emocionada", disse Isis. "No começo deu um pouco de vergonha, mas logo passou" comentou a atleta, que admitiu que ainda é fã de Xuxa. "Sempre assisto aos filmes e dou desculpa que é para levar os priminhos."

Apesar de admirar a apresentadora, Isis diz que não teve intenção nenhuma de adotar seu visual. "A idéia era descolorir e pintar de roxo, mas seria muito forte. Então fui convencida a deixar loiro", acrescentou.

Isis não foi utilizada por Barbosa apesar do insistente clamor da torcida. "Ela é uma jogadora ainda muito verde, tem de ir com calma. Da mesma forma que eles pediram e pediram, poderiam reclamar se ela errasse o primeiro arremesso. Mas achei divertido. Agora, só queria que alguém trocasse de lugar comigo para eu poder fazer festa lá fora."

Barbosa usou a dupla Êga e Kelly no garrafão durante quase toda a partida. Apenas Mamá, no início do quarto período, e Graziane, nos minutos finais, foram aproveitadas pelo técnico.