Luciano Corrêa chegou ao Pan-Americano do Rio de Janeiro com o terceiro lugar do Mundial do Egito, mas ainda um desconhecido para o público brasileiro. Após ganhar o bronze até 100 kg e ouvir seu nome ser gritado à exaustão pela torcida, isso deve mudar.
Reserva na equipe brasileira que foi ao Pan-Americano de Santo Domingo, há quatro anos, e no time das Olimpíadas de Atenas, há três, o Rio 2007 marcou sua apresentação ao público brasileiro. Ele foi o único judoca do país que não chegou à final nesta sexta-feira, mas foi ovacionado pelos torcedores.
"A medalha de bronze valeu ouro. Essa torcida é fantástica, Ouvir seu nome sendo gritado é uma sensação indescritível", comemorou Corrêa, brasiliense que mora em Belo Horizonte, Minas Gerais, desde o 17 anos.
O bronze foi selado por um erro na semifinal, contra o cubano Oreidis Despaigne. "Foi um imprevisto. Eu não esperava a reação do cubano a um golpe que dei. Ele é conhecido, já tinha ganhado de mim, já tinha perdido e foi uma luta dura".
"Depois da derrota, foi difícil me recuperar. Todo atleta se prepara por anos e anos pelo ouro, mas estou bem satisfeito com o bronze. Mas tive que parar, pensar, respirar e começar tudo de novo", completou.
Antes, ele tinha batido o argentino Orlando Baccino na estréia e o mexicano Sergio Garcia nas quartas. Na decisão do bronze, venceu o venezuelano Albenis Rosales.
"Agora, é pensar em seguir como titular. Eu já fui titular no Mundial do Egito, fui bronze. Fui titular agora e ganhei mais uma medalha. Agora é focar no Mundial do Rio, em setembro, para depois pensar em Olimpíada".