Brasileiras dizem que não vão "amarelar" na decisão contra Cuba

Minutos após a vitória por 46 a 13 sobre a República Dominicana na semifinal, as jogadoras da seleção feminina de handebol foram avisadas da derrota do vôlei feminino para Cuba, por 3 sets a 2, de virada. Apesar de preferirem não comentar o assunto, elas asseguram: no handebol, o ouro virá.

"Quem vier, morre. A gente não vai 'amarelar' na final", decretou a central Duda Amorim, após o "passeio". Na noite desta quinta-feira, Cuba venceu a Argentina por 37 a 25 e voltará a enfrentar o Brasil na final do Pan. Na primeira fase, as brasileiras venceram de forma apertada: 32 a 28.

Apesar de condenada pelo técnico, a motivação era visível e marcante entre as jogadoras. "Eu até me surpreendi um pouco com a facilidade da vitória", admitiu Viviane Jacques. "Isso só nos dá mais ânimo para a final. Vamos assistir ao jogo, treinar mais e nos preparar muito para o tricampeonato."

Para a central Aline, a semifinal serve de exemplo e inspiração. "Venha quem vier, nós vamos pra cima repetir o que fizemos hoje. A partida foi fácil porque nós a tornamos fácil", disse Aline.

O técnico Juan Oliver, entretanto, reforçou que o time manterá a humildade e o respeito a todas as adversárias. "As brasileiras não são estrelas. Cada jogo é um jogo, e não existe vitória antes", apelou o treinador.

"Temos que pensar com a cabeça tranqüila. Nâo importa o adversário, a gente vai se doar ao máximo, e queremos retribuir a essa torcida maravilhosa e a nossos familiares esse carinho todo", reforçou uma das veteranas, Dani Piedade.

Dali também pensa na torcida. "Queremos dar show, o objetivo é repetir esse mesmo resultado na decisão, golear daí para mais, e não importa contra quem", disse a jogadora. "Mas cometemos erros mesmo com o placar elástico. E, se eu percebi os erros, o Juan (Oliver) vai pegar muito no nosso pé."

* Atualizado às 23h33

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