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12/07/2007 - 23h12

Em teste para o Pan, Brasil mostra deficiência na barra e no cavalo

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção brasileira masculina de ginástica artística realizou nesta sexta-feira o treino de pódio, espécie de teste oficial para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. E a apresentação, na Arerna Multiuso, mostrou deficiência em dois aparelhos: barra fixa e cavalo com alças.

A ginasta Daiane dos Santos afirmou nesta quinta-feira que não vai disputar a prova de barras assimétricas no Pan. Com isso, a atleta se concentra no solo e no salto, que já estavam confirmados em sua programação.

Ironicamente, no treino da noite desta quinta, a apresentação de Daiane das barras foi boa. Ela, inclusive, fez a aterrissagem final, que antes era excluída do exercício. Foi a única a conseguir fazer a série completa.
DAIANE FORA DAS BARRAS
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No treino, os atletas brasileiros cometeram diversos deslizes nestes dois aparelhos. No solo e no salto, as apresentações foram boas. Já nas argolas e nas barras paralelas o desempenho foi apenas regular.

"A nossa barra com certeza vai melhorar. Aliás, foi até uma surpresa os erros de hoje porque estamos treinando muito bem e não mostramos o nosso nível. O cavalo a gente vai tentar melhorar", disse Renato Araújo, assistente-técnico da seleção.

Já o ginasta Diego Hypólito, principal nome da seleção, gostou do desempenho no treino de pódio, que foi visto pelos juízes que darão as notas da modalidade no Pan a partir de sábado.

"Foi como se fosse a competição, agora é oficial. Houveram alguns errinhos, mas acho que mostramos um bom passaporte para o Pan. Os atletas estão seguros. A equipe deve avaliar esses errinhos", afirmou Hypólito.

Para Georgette Vidor, ex-técnica da seleção brasileira, o nível técnico do treino de pódio foi muito baixo. "O Brasil foi muito mal na barra e também no cavalo, com muitas quedas. A sorte é que Cuba também não foi bem e eu não vi muita coisa boa por aí", disse.

A treinadora explica a importância do treino de pódio. "Além de ser uma forma de tirar a adrenalina você mostra para o árbitro que está preparado para a medalha. Se você errar também te dá a chance de se recuperar. É um jogo psicológico com os árbitros
Cada um faz a sua propaganda", disse.

O treino também serviu para definir quais aparelhos os atletas vão competir no Pan. Na equipe brasileira, Mosiah Rodrigues, Victor Rosa e Luis Augusto dos Anjos vão disputar todos os aparelhos, credenciando-se assim ao título no individual geral.

Danilo Nogueira ficará de fora do solo e do salto, enquanto Adam Santos não disputará o cavalo. Já Diego Hypólito deixará de competir em três aparelhos: argolas, barras paralelas e barra fixa.