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Com o rosto infantil e sorriso meigo é difícil de acreditar que esta garota de 18 anos joga na posição de Short Stop pelo Nippon Blue Jays, em São Paulo. Começou no softbol há mais de 7 anos e, por conta da agilidade e dos movimentos rápidos, ganhou o apelido de Ninja.

Morou no Japão por mais de 2 anos, quando os pais Hélio e Fernanda Suetsugu se mudaram do Brasil em busca de maiores perspectivas. Lá, Ninja se aprimorou no esporte que tanto gosta. Porém, por conta de um problema de saúde, Simone teve que retornar ao Brasil para tratamento médico especializado. Retornou sem os pais, direto para casa de parentes em Ibiúna (interior de São Paulo), que cuidaram e acompanharam todo o processo.

O que ela achou que duraria poucos meses, transcorreu por mais de um ano. Ficou sem treinar, perdeu resistência e massa muscular. Tão logo o tratamento acabou, Ninja já estava em campo, justamente na época que as seletivas para os Jogos Pan-Americanos começaram. Emprenhou-se como nunca no softbol. Abdicou do curso de Educação Física que havia acabado de iniciar na cidade de Sorocaba, para se dedicar integralmente ao sonho de participar da seleção brasileira.

Conseguiu e competiu no Rio de Janeiro, ostentanto o uniforme brasileiro. Só o resultado que não saiu como Simone queria. As brasileiras ficaram em sétimo lugar, quase sem marcar nenhum ponto. O único foi contra a seleção de Porto Rico, na disputa pelo sétimo lugar.

Mesmo com a má campanha, o Pan não será o final para Simone: "Quando acreditamos e seguimos atrás de um sonho, logo tudo vira realidade. Mas isso e só o começo. Para muitos, depois do Pan tudo se esgota. Para mim, não. Quero ir mais além com o softbol". Agora, Ninja alimenta o sonho de jogar profissionalmente, mas fora do Brasil.

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