ESCOLHA UM ATLETA Adrian Jaoude Antoine Jaoude Diego Rodrigues Iuri Estevão Joice Silva Luis Fernandes Raoni Barcelos Renato Roma Rodrigo Artilheiro Rosangela Conceição Susana Almeida Vinicius Pedrosa Waldeci Silva Zulu

Waldeci Silva quase conseguiu uma medalha para o Brasil no último dia da luta nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. No entanto, perdeu a disputa do bronze e terminou no 5º lugar.

Único representante do Estado do Amazonas na seleção brasileira de luta olímpica, Waldeci Silva se tornou um ícone da modalidade em um shopping center.

"A primeira luta olímpica que eu vi foi em um desafio Brasil x Estados Unidos, que rolou em 98 em Manaus. Eu me interessei pelo esporte e, anos depois, disputei uma seletiva dentro de um shopping center. Foi essa vitória que valeu minha primeira viagem para fora do Amazonas para competir", lembra o lutador.

Quatro anos depois da luta no shopping, o jovem de 22 anos garantiu a classificação para lutar no Pan. Ele foi apenas o segundo atleta do Amazonas a se classificar para o Rio 2007. "É até engraçado isso. O Rio tem o dinheiro, mas todo mundo diz que para mim é mais fácil garantir apoio, porque são poucos os atletas de lá", conta o lutador.

Os atletas que conseguem se destacar no cenário brasileiro recebem apoio do Estado. Para os Jogos do Rio, o governo criou o projeto "Amazonas Pan 2007", um sistema de auxílio para os oito melhores atletas da região, no valor de R$ 125 mil em seis meses. Waldeci recebe R$ 1 mil do governo estadual mensalmente, além de um bônus de R$ 2 mil pela conquista da vaga.

"Temos um apoio grande do Estado para os atletas de ponta, algo que não vejo muito nos outros lugares. Muitos dos meus companheiros de seleção não têm o apoio que eu tenho", lembra Waldeci, que além do apoio estadual, tem como patrocinadores uma universidade, onde treina e está cursando a faculdade de educação física, e mais duas empresas, uma delas onde trabalha.

O sucesso no esporte, porém, veio por acaso. Ele começou a praticar luta por insistência de sua mãe. "Ela me colocou para praticar artes marciais para ficar fora da rua. Meu pai tinha acabado de morrer e ela achava que a melhor maneira me educar e me dar disciplina era lutando", conta.

Ao começar no esporte, Waldeci descobriu uma cena que poucos longe de Manaus, capital do estado, conhecem: "As lutas no Amazonas são bem difundidas. Pouca gente fora das artes marciais sabe, mas o Amazonas é um grande pólo do jiu-jitsu brasileiro, por exemplo".

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